Sendo este um  espaço de marés, a inconstância delas reflectirá a intranquilidade do mundo.
Ficar-nos-á este imperativo de respirar o ar em grandes golfadas.

bom ano de 2020

Iniciado «oficialmente» em 01 de Janeiro de 2004, este espaço salta, a pés juntos, para o seu décimo sexto ano de existência. Aos que o frequentam ou frequentaram, um forte abraço. Para os que nem sonham com a sua existência, um forte abraço, também.

Cada ano, cada átimo temporal, é sempre muito o que dele fazemos. Façamos, pois, todos um excelente 2020!

E deixo-vos com um apontamento, a propósito, do qual recomendo visualização, criado pelas SaganSeries, e que se refere ao tanto que convosco quero partilhar neste momento:

https://www.youtube.com/watch?v=oqwezkvcVLg

reflexão natalícia (mas pouco…)

Assisto (assistimos) incrédulo ao afã com que inúmeras autarquias nos anunciam a queima do «madeiro do Natal ou do Ano Novo», como uma espécie de ex libris de engrandecimento da terra e respectivas gentes…

E, lá está, vemos, ouvimos e lemos e, se calhar por mau-feitio pouco esclarecido, percebemos mal. Pelo menos, eu não percebo mesmo nada.

Então, eles são os flagelos dos incêndios (sempre dantescos), ele é a emissão de carbono e de gases com efeito de estufa, ele é a salvaguarda do património florestal, elas são as famílias carenciadas sem lenha para se aquecerem, porque ao preço da electricidade não chegam, e os senhores autarcas a que temos direito o melhor que lhes ocorre é incendiarem um madeiro, durante dias a fio, para engrandecimento das terras?

Valha-nos um burro aos coices, como diria um velho professor que eu tive!

Buonas Fiestas a todo l mundo

Permitam-me que ocupe um cachico do vosso tempo para vos dar a conhecer como se dão as boas festas nas terras onde passei a minha nineç, o planalto mirandês. Espreitem aqui:

Buonas Fiestas

Buonas Fiestas Esta ye la mensaige de Buonas Fiestas de la nuossa Lhéngua Mirandesa.Por adonde steias, bibe estas fiestas cun nós i manda-mos amboras de l tou Natal para: lhéngua@gmx.comAmpeinhosGuion – Alcides MeirinhosEidiçon – Dinis MeirinhosGaiteiro – Paulo MeirinhosCoordenaçon de ls alunos – Duarte MartinsPartecipaçon special – Domingos Raposo

Posted by Associaçon de Lhéngua i Cultura Mirandesa on Friday, December 20, 2019

E, já que aqui estamos e de caminho, cá vos deixo os votos de um 2020 cheio de felizes realizações.

Jorge Castro

a Patxi Andión

A cadência de homenagens, nestes meus dias que vão correndo, sendo certo que é aquilo que temos de esperar na vida, não é menos certo que nos deixam um nó na garganta, que nem sei se chore, se grite.

Patxi Andión. Ouvi-o, pela primeira vez, em 1969, no programa Zip-Zip. Passaram-se, então, 50 anos exactos, sempre a receber de alguém canções marcantes, que me acompanharam e ajudaram a viver.

Um dos poemas que eu conheço mais pungente e melancólico magistralmente acompanhado por uma interpretação a condizer e de que nunca me esquecerei…

20º aniversario – Palabras ( https://www.letras.mus.br/patxi-andion/1811001/ )

20 años de estar juntos
Esta tarde se han cumplido
Para ti flores, perfumes
Para mi, algunos libros
No te he dicho grandes cosas
Porque no me habrian salido
Ya sabes cosas de viejos

Requemor de no haber sido
Hace tiempo que intentamos
Abonar nuestro destino
Tu bajabas la persiana
Yo apuraba mi ultimo vino
Hoy en esta noche fría
Casi como ignorando el sabor
De la soledad compartida
Quise hacerte una canción
Para cantar despacito
Como se duerme a los niños

Y ya ves, solo palabras
Sobre notas me han salido
Que al igual que tu y que yo
Ni se importan ni se estorban
Se soportan amistosas
Mas no son una canción
Que helada que esta casa!
Sera, sera que esta cerca el rio
O es que entramos en invierno
Y estan llegando, estan llegando
Los frios

uma pequena vaidade…

Há alguns meses atrás fui contactado por uma plataforma de educação brasileira, o SAS Iconografia (https://jobs.kenoby.com/saseducacao), que me solicitou permissão para integrar um poema de minha autoria (poesia visual) numa sua publicação didáctica.

Autorização concedida, eis que me chega o meu poema e a página onde se encontra publicado. Pela sua curiosidade e pelo interessante conjunto de questões formuladas no mesmo, aqui fica, como razoável exercício de vaidade… e não só.

A cantiga é uma arma…

… e ele bem sabia!

E que bem que o transmite. E a saudade que já nos fica…

José Mário Branco (1942-2019), uma companhia e uma referência para a minha vida toda. Uma mente sempre lúcida. Um exemplo inicial, inteiro e limpo, como se diz no poema de Sophia.

Alguém que soube dar voz a um outro Portugal, com persistente coerência.

Salve!

Noites com Poemas
com o Núcleo de Fotografia de Oeiras
– Imagens de mil palavras

Imagens de Mil Palavras, a próxima sessão das Noites com Poemas, que conta com a participação de elementos do Núcleo de Fotografia de Oeiras (NFO) e que terá lugar no salão nobre do Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras, no próximo dia 22 de Novembro (sexta-feira), pelas 21h30

O desafio: cada participante inscrito através do NFO selecciona uma fotografia de sua autoria à qual irá associar um poema (do próprio ou não), poema esse que será a «legenda» da imagem, apresentado pelo respectivo autor ou alguém que por este seja para tal incumbido.

Se a selecção de imagens  pode ser pesquisada em https://www.facebook.com/search/top/?q=nucleo%20fotografia%20de%20oeiras-nfo&epa=SEARCH_BOX , já os poemas serão mistério a desvendar na própria sessão. Não os perca, pois.

Esta sessão conta com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras.

uma pequena vaidade…

… eventualmente temperada com uma dose contida de orgulho: o SINDEL, sindicato a que pertenço desde 1981 e onde desempenhei diversas funções, de delegado sindical a membro do Conselho Geral e responsável de empresa de Comissões de Higiene e Segurança no Trabalho, comemorou, no passado dia 12 de Outubro, o seu 40ª aniversário, com uma celebração de grande brilho que ocorreu no Convento de São Francisco, em Coimbra.

Nesse dia foi lançado o Hino do Sindel, cuja letra me fora solicitada, contando com a música de João Martins. Obviamente, uma vaidade temperada com uma dose contida de orgulho.

os cães e as vacas e alguma necessária racionalidade

Nada me move contra novas iniciativas partidárias, coisa (quase) sempre saudável, em Democracia, mormente se se trata de congregações que se predispõem a assumir o jogo democrático.

Mas o direito à opinião é um aspecto muito querido, também, deste jogo democrático. Vem a este propósito uma abordagem interessante que mão amiga me fez chegar e que aqui partilho, com a devida vénia, acerca de algumas abordagens algo peculiares que por aí circulam:

Já agora, acrescentaria eu que, ainda por cima, a grande generalidade das rações disponíveis no mercado são importadas, aspecto do qual a balança comercial decerto se ressentirá…

eleições 2019

O voto é a arma do povo.

Dos jornais: «Abstenção atinge recorde em legislativas: 45,5%».

O povo, quando se lhe fala em armas, ele é mais bisnagas de Carnaval…

Já de animais, só conhece os cães e os gatos… Pobres pulgas!

Todas as coisas têm o seu mistério
e a poesia
é o mistério de todas as coisas
– Federico García Lorca

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