À entrada da Anta Grande do Zambujeiro, em Valverde (Évora) a artificiosa natureza esculpiu, servindo-se de um sobreiro, o símbolo totémico de um dragão. Nada de futebóis, bem entendido. O dragão ou a serpente alada, em tempos ancestrais, seria uma marca identitária do território onde hoje vivemos. Podem espreitar em https://pt.wikipedia.org/wiki/Ofi%C3%BAssa Pois é… tanta coisa que por aqui nasceu e nós sabemos tão pouco…
Deste modo nomeei uma série de iniciativas em que me encontro envolvido e que homenageiam e glorificam o «dia inicial, inteiro e limpo», onde nasceu a nossa Liberdade.
E nasceu um livro. Pelas 8h30 da manhã do dia 25 de Abril de 1974, estava junto ao Terreiro do Paço, com a minha máquina fotográfica Voightländer Vito CD… e fui registando o que passava defronte dos meus olhos assombrados, até ao 1º de Maio desse mesmo ano.
São 168 páginas (formato 24×16) com cerca de 300 imagens, que transportam em si incontáveis histórias. No livro «A Vida Saiu À Rua Num Dia Assim» excertos de poemas de minha autoria e que integram um outro livro meu – «Abril, Um Modo De Ser» – acompanham o relato do evoluir dos acontecimentos.
Da sua ficha técnica realço a edição da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, com projecto gráfico, capa e paginação de Marta Filipe e execução gráfica da Sersilito-Empresa Gráfica (Maia).
A apresentação oficial desta obra está aprazada para o dia 27 de Abril, algures em Cascais, e disso darei, oportunamente, informações.
Entretanto, quem esteja interessado em adquirir o livro, poderá enviar-me uma mensagem nesse sentido para jc.orca@gmail.com, indicando nome e morada. O custo do livro, com portes incluídos, é de 22 euros. Na resposta à mensagem enviada indicarei forma de pagamento.
– O curador do rebanho, no caso, também conhecido como pastor.
– Tratado sobre a arte de bem cavalgar toda a sala (é mesmo sala, não foi engano…).
Na encerrada estação de Marvão-Beirã, uma família de cegonhas padece sob a canícula.
– Marvão.
– E, ainda, Marvão e o velho efeito do espelho.
– E, outra vez ainda, Marvão.
Uma nota: uma localidade sem cabos eléctricos a perturbarem a paisagem! A minha chapelada!
– Estação de comboio (abandonada) Marvão-Beirã.
Mais uma prova indesmentível de que somos um país rico e perdulário, onde nunca se atina com possíveis formas de rentabilizar, reutilizando, património edificado… antes que se desmorone.
Valha-nos, então, o foguetório e o festivalório, tão do agrado dos sacristãos do efémero, para irmos coçando todos estes eczemas (se quiserem, podem chamar-lhes dermatites atópicas, que dá um ar mais «apetudeite»).
– De volta a Castelo de Vide. À primeira vista, pareceu-me que a representação de Cristo se preparava para um solo de contrabaixo. Depois, vendo melhor…
Em Marvão, o restaurante-café O Castelo. Um bom sítio para estar.
Apreciei, especialmente, a vertente café. Já o «lounge» tive alguma dificuldade em perceber como desfrutar. O meu velho problema com as línguas estrangeiras…
É verdade que a paisagem é bonita e vê-se até muito «lounge», mas creio que a ideia não era essa…
– Menir de Meada, do alto dos seus 7,15 metros de altura, uma impressiva representação do Neocalcolítico.
Numa passeata para distrair o pensamento (3)
– O Mosteiro da Flor da Rosa – magnífico!
Numa passeata para distrair o pensamento (4)
– Ammaia – uma importante cidade romana, fundada há cerca de dois mil anos, já dentro do território da Lusitânia, cuja investigação está a ser desenvolvida à portuguesa (curta… e morosa). O espaço museológico: excelente!
A fotografia publicada mostra, a negro, o extraordinário traçado da estrada actual para Portalegre que, distraída e/ou inconscientemente, foi construída, em 1920, sobre os relevantes vestígios da povoação.
Deixei um breve comentário no livro de visitas: «Desenterrem-me, porra!».
Ó autarcas da minha terra e demais mandantes, acordai… e agitai-vos um pouco em prol da cultura a sério, nem que seja como prova de vida!
Numa passeata para distrair o pensamento (5)
– Ainda a propósito de Ammaia: imaginem, através desta imagem, a dimensão e o interesse deste espaço. E, logo a seguir, pensem que o acesso aos vestígios desta cidade nem sequer estão perturbados por edificações posteriores…
Numa passeata para distrair o pensamento (6)
– Em Castelo de Vide, uma exposição por Abril, sempre!
Numa passeata para distrair o pensamento (7)
– Em Castelo de Vide – um jardim com rosas.
Numa passeata para distrair o pensamento ( 8 )
– Ermida de Nossa Senhora da Penha – vistas diurna e nocturna.
Numa passeata para distrair o pensamento (9)
– Núcleo museológico de Ammaia: pequeno e, no entanto, cheio de graça.
Numa passeata para distrair o pensamento (10)
– No claustro do Mosteiro da Flor da Rosa – uma Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris)