by OrCa | Jul 27, 2015 | Sem categoria |
Assim mesmo! Simples e directo e de uma beleza infinita.
Obra da autoria de Adelino Gouveia, José Leite e Rui Dantas, com edição da ACRC – Associação dos Criadores da Raça Cachena (Rua Prof. Dr. José S. Silva, nº 29 – cave – Casalsoeiro – Vila Fonche – 4970-745 ARCOS DE VALDEVEZ – telefone/fax 258523137). Peçam um exemplar que não ficarão arrependidos!
Um tesouro português pouco conhecido, aqui magnificamente ilustrado e com um sublime acompanhamento de textos seleccionados de muitos nomes grandes da nossa literatura, como Guerra Junqueiro, Teixeira de Pascoaes, Cesário Verde, Afonso Lopes Vieira, Luís de Camões e por aí fora…
Os autores também não se perderam, deixando-nos sucintos mas ilustrativos momentos de prosa onde, com o apoio das referidas imagens, nos dão a conhecer, eu diria, sublinhando, com uma poesia e uma graça tais que nem damos pelo livro passar.
Ficou-me a vontade urgente de subir ao Gerês em busca daqueles belíssimos animais, em seu ambiente natural, e de tanto tempo nosso e tão próximo que vamos deixando, estupidamente, cair no esquecimento.
Graças aos autores, que nos lembram que ainda estamos vivos e, estranhamente (ou talvez não…), tão cheios de razões para viver enquanto povo e orgulhosamente.
by OrCa | Set 10, 2014 | Sem categoria |
Ericeira, em demanda de uma incursão aos frutos do mar, que por ali são de boa frescura.
Logo à chegada, uma boa recomendação, com vista para o mar:
Depois, um percurso pelo dédalo de ruínhas onde há muito para cuscuvilhar…
E, por falar nisso, há sempre uma invenção do amor a subverter os ditames de tempos obscuros:
Os veraneantes, pluralmente uniformes, colhem os benefícios do sol, ainda sem carga fiscal associada:
Num outro recanto uma versão expositiva, talvez menos romântica, mas, ainda assim, evocativa:
«- São alhos, meu senhor…», que nem é usual ter rosas brancas à venda na região saloia.
Depois, Mafra… já sem reis, mas também sem carrilhões… mas com feira, onde o pão, afinal, ostenta tantos buracos interiores como qualquer pão citadino sem tantos pergaminhos. O meu reino por um pão sem buracos, onde se possa fazer uma torrada com manteiga, sem ficarmos todos besuntados de escorrências…
– fotografias de Jorge Castro
by OrCa | Set 4, 2014 | Sem categoria |
De Joaquim Magalhães de Castro e com edição da Parsifal (Junho de 2014),
Os Filhos Esquecidos do Império,
um livro que nos transporta até aos confins longínquos da Birmânia, por onde os portugueses, navegantes, aventureiros, soldados da fortuna andaram e onde deixaram rasto identitário que permanece até hoje, ainda que cada vez mais desgastado pelo nosso total abandono e desinteresse, sequer sem um gesto, durante séculos a fio, que reforçasse ou restabelecesse os ténues laços culturais que esses filhos esquecidos do império teimam em preservar. Aqui, sim, podemos dizer, contra tudo e contra todos.
Recomendo a leitura, quanto mais não seja para ilustração de uma realidade que ignoramos. Muitos de nós. Quase todos, a começar por quem se alcandorou ao governo deste país tão perdulário em termos de cultura.
Na herança genética, no vocabulário e na religião, pequenos resquícios de Portugal ainda ali permanecem, ainda que esses descendentes nem sequer saibam o que ou quem é Portugal.
Depois, um salto até à Fundação EDP, aproveitando sempre o passeio à beira-Tejo, para ver a exposição de Alexandre Farto (aka Vhils) – com entrada livre, já agora -, autor de obra já espalhada pelos quatro cantos do mundo ou pelas sete partidas do mar, como quiserem, e um pouco como antítese do postal anterior. Muito digna de ser vista!
Aproveitando a estada, uma visita aos demais recantos deste Museu, com muito para ver e aprender, sublinhando o cuidado e qualidade patentes em todos os elementos expostos.
Assim é, nem sempre o tom será de bota-abaixo. O que deve ser dito, diz-se. E assinala-se.
E, enquanto passeamos à beira rio-mar, coalhado de turistas e canas de pesca em busca de melhores dias, tropeçarmos com aquilo em que sempre nos mantemos pródigos: o desmazelo. Ali, mesmo em frente da casinha do mais alto representante da nação, este estado de coisas:
A lápide assim reza: «A Administração do Porto de Lisboa investiu no arranjo desta zona ribeirinha para lhe proporcionar um espaço de identificação com o incomparável estuário do Tejo, berço de relevantes feitos da História de Portugal – Dia do Porto de Lisbboa, 31-X-1991».
A calçada destruída, as pedrinhas amontoadas a esmo, o lixo e a incontornável evidência de que somos exímios a tratar-nos mal, sem precisar de contar com os outros…
– fotografias de Jorge Castro
by OrCa | Set 1, 2014 | Sem categoria |
Finalmente, as férias, com início oficial a 30 de Agosto!
Primeiro, uma visita ao Borboletário de Rana, logo aqui ao virar da esquina, e que ainda não tivera oportunidade de visitar…
Fico com a sensação de que se trata de um interessante espaço didáctico, com ar de dispor de muito poucos recursos. Ele há muitos «concertos» no concelho de Cascais, que não deixam margem de «manobra» para estes outros desconcertos, dir-se-ia…
Depois, cumprindo alegremente compromissos, uma visita à Fábrica das Cores, um muito interessante e curioso espaço onde uma mão-cheia de gente com iniciativa luta em busca de saídas mais airosas que o cinzento dos dias. Os meus votos de bom sucesso ao projecto.
Por lá partilhei, com a companhia da Fernanda Frazão, os meus Contos Conversos, num agradável e muitíssimo bem apaladado serão.

Domingo, rumei a Setúbal, onde fiz as honras a umas ameijoas e a um choco frito que antecederam uma caldeira de peixe – sim, sim, culminando com o respectivo caldo.. – no restaurante da nossa amiga Gilda ( o Ti Prudência, assim mesmo, com publicidade e tudo!), e que nos deixaram completamente redimidos com o mundo (pelo menos durante aqueles momentos de felicidade, que já sabemos serem sempre momentâneos e ocasionais).
Isto apesar dos inúmeros prédios daquela Avenida Todi a reclamarem, em altos gritos, uma intervenção urgente, para a qual, também lá, nem haverá verbas, nem ideias de futuro…
Neste país de tantas portas fechadas (até as inventadas)….
… valham-nos os poetas para ainda proporcionarem alguma cor à vida, mesmo se o seu ar sugere alguma melancolia.
Mas o nosso destino era, também, visitar a rua que foi recheada de composições desvairadas e marítimas… em crochet. É assim, somos pródigos em originalidades.
Claro que todas as lojas estavam encerradas. Era domingo. Dia de santos e de anjinhos, digo eu. Ainda para mais, Agosto, com a malta toda a encher-se de sal e de sol pelas praias fora.
A mostra, entretanto, até estava com graça. Mas fica-me a dúvida se não seria muito mais inteligente – e mesmo que fosse a título excepcional – ter o comércio aberto, para aproveitar do acréscimo de circulantes. Assim, todos iam olhando para o ar, pois mais rente ao chão só havia portas fechadas.
Mas, volto a dizer, pareceu-me uma boa ideia – pelo menos, aos domingos desperdiçada – e digna de uma visita de lazer, com passagem pelos vários espaços culturais de que a baixa de Setúbal dispõe.
Pelo caminho e ao longo da caminhada descobrir grafitagens que, entre outras coisas, me proporcionaram uma prazenteira digestão!
– fotografias de Jorge Castro
by OrCa | Ago 28, 2013 | Sem categoria |
Com Ana Patacho e de algum modo como início da nova «temporada», aqui deixo uma sugestão, com chá, amizade e poemas, pelo menos para aqueles de entre vós que se encontrem nas proximidades de Oeiras ou de Carcavelos.
Quinta-feira, dia 29 de Agosto, no Bule, pelas 22h00 iremos fazer Viajar as Palavras. Aceitam a boleia?
Passaremos por José Afonso, Vasco Graça Moura, Luís de Camões, Carlos Drummond de Andrade, António Lobo Antunes, Mário Henrique Leiria, Ary dos Santos, António Gedeão… uma viagem com etapas bem apelativas, como se pode ver.