bom ano de 2020

Iniciado «oficialmente» em 01 de Janeiro de 2004, este espaço salta, a pés juntos, para o seu décimo sexto ano de existência. Aos que o frequentam ou frequentaram, um forte abraço. Para os que nem sonham com a sua existência, um forte abraço, também.

Cada ano, cada átimo temporal, é sempre muito o que dele fazemos. Façamos, pois, todos um excelente 2020!

E deixo-vos com um apontamento, a propósito, do qual recomendo visualização, criado pelas SaganSeries, e que se refere ao tanto que convosco quero partilhar neste momento:

https://www.youtube.com/watch?v=oqwezkvcVLg

Buonas Fiestas a todo l mundo

Permitam-me que ocupe um cachico do vosso tempo para vos dar a conhecer como se dão as boas festas nas terras onde passei a minha nineç, o planalto mirandês. Espreitem aqui:

Buonas Fiestas

Buonas Fiestas Esta ye la mensaige de Buonas Fiestas de la nuossa Lhéngua Mirandesa.Por adonde steias, bibe estas fiestas cun nós i manda-mos amboras de l tou Natal para: lhéngua@gmx.comAmpeinhosGuion – Alcides MeirinhosEidiçon – Dinis MeirinhosGaiteiro – Paulo MeirinhosCoordenaçon de ls alunos – Duarte MartinsPartecipaçon special – Domingos Raposo

Posted by Associaçon de Lhéngua i Cultura Mirandesa on Friday, December 20, 2019

E, já que aqui estamos e de caminho, cá vos deixo os votos de um 2020 cheio de felizes realizações.

Jorge Castro

uma pequena vaidade…

… eventualmente temperada com uma dose contida de orgulho: o SINDEL, sindicato a que pertenço desde 1981 e onde desempenhei diversas funções, de delegado sindical a membro do Conselho Geral e responsável de empresa de Comissões de Higiene e Segurança no Trabalho, comemorou, no passado dia 12 de Outubro, o seu 40ª aniversário, com uma celebração de grande brilho que ocorreu no Convento de São Francisco, em Coimbra.

Nesse dia foi lançado o Hino do Sindel, cuja letra me fora solicitada, contando com a música de João Martins. Obviamente, uma vaidade temperada com uma dose contida de orgulho.

Abril, sempre!

Este cravo nasceu em 20 de Abril de 2019, nada o distinguindo daqueles outros nascidos há 45 anos…

Quando se fala em Abril (em 2019)

quando se fala em Abril

nos dias que vão correndo

há quem abra muito os olhos

no assombro de angústias mil

quem semicerre os sobrolhos

como quem diz «não entendo…»

e as portas que abriu Abril

em torpor se vão fechando

entre uma biquinha curta

ou marés de ignorância

sempre havendo atrás da porta

alguns esgares de arrogância

quem sabe da Liberdade?

quem quer saber de ser livre?

quem quer ter voz na cidade?

(ai-jesus-e-deus-nos-livre!…)

quem quer trazer um poema

por achar que vale a pena?

e também algum amigo

e entre ambos descobrirem

que vai além do umbigo

o concerto do universo

e porventura assumirem

a transcendência de um verso

dito a dois como se em coro

e duas vozes são mil

já num abraço fraterno

combatendo o desconsolo

ao descobrir sempre Abril

mal nos acaba o inverno.

E palavras não eram ditas, eis que uma querida amiga me dá conta de que, também num seu canteiro, floriu um cravo, este de 24 para 25, que ela me presenteou em belíssima fotografia que partilho:

– Jorge Castro

25 de Abril de 2019

25 de Abril de 2019 – passados 45 anos de 1974…

Com a devida vénia, aqui reproduzo o comunicado evocativo do 45º aniversário de Abril de 1974, publicado pela Direcção da Associação 25 de Abril

Nos 45 anos do 25 de Abril, a Associação 25 de Abril evoca a Revolução dos Cravos, não só para lembrar o sucedido – a ruptura e a construção, a aventura e a epopeia, o acalentar dos sonhos cheios de esperanças –, mas também para, teimosamente, continuar a demonstrar que há utopias por que vale a pena lutar, por mais que se tropece muitas vezes com as realidades.
A festa foi bonita, durou menos do que o desejado, mas muito se conseguiu, na construção de um País mais livre, justo e solidário.
Portugal pode não ser o que ambicionámos e sonhámos, muitos avanços sociais acabaram por ruir, mas… muito ficou se compararmos com o ponto de partida.
A Liberdade, a Democracia e a Paz continuam a ser uma realidade!
Queremos mais?
Certamente!
Momentos houve em que o Portugal de Abril parecia ir sucumbir aos próceres das ideias anti-sociais, de defesa de minorias privilegiadas em detrimento da grande maioria da população.
Foi com a Liberdade conquistada e mantida que, através da Democracia (com enormes defeitos, mas preferível a qualquer ditadura), vencemos esses mercenários da desgraça.
45 anos depois, porque continuamos na luta por manter e aprofundar os valores de Abril, queremos aproveitar as Comemorações para, aprendendo com o passado, recuperar o espaço perdido e avançar na construção de um País mais livre, mais democrático, mais justo, mais solidário, um País sempre e cada vez mais de Abril.
É hoje consensual que o 25 de Abril de 1974, como acto único na História Universal, contribuiu decisivamente para a afirmação de Portugal no concerto das Nações.
Hoje, passados 45 anos, constatamos que o 25 de Abril é para a generalidade dos portugueses, seja no território nacional, seja no estrangeiro, nas inúmeras comunidades portuguesas que formam a nossa Diáspora, um forte factor de consciencialização e valorização do ser Português, da afirmação da nossa identidade e da nossa nacionalidade. O 25 de Abril é para os portugueses um factor de afirmação dos valores democráticos da Liberdade e de respeito pelos valores humanos.
Por isso os que quebraram as correntes da ditadura, resgataram a Liberdade, abriram o caminho ao fim de uma guerra sem sentido e à Paz e viram o povo português envolver-se profunda e entusiasticamente no processo de reconstrução da felicidade, não desistem e teimam em manter viva a esperança de um mundo capaz de recusar os novos ditadores, usurpadores das liberdades do povo, que cada vez mais vêm pondo as garras de fora, por esse mundo fora.
Sabemos que a memória dos povos é curta. Que face a novas dificuldades, rapidamente esquecem as anteriores desventuras e as acções que lhes puseram cobro.
Assistimos ao grassar de populismos que tentam aproveitar-se das dificuldades existentes e da impossibilidade de as ultrapassar de um dia para o outro. Aproveitando-se da impaciência de quem sofre e anseia por curativos que tardam.
Também porque aconteceu Abril, e com ele esconjurámos o espectro do medo, Portugal continua a não ser presa fácil para esses populismos que, é bem visível, nos levariam ao caos e a novas ditaduras se tivessem sucesso.
Convictos de que será com Abril e com o aprofundamento dos seus valores que conseguiremos manter e aprofundar uma sociedade livre, democrática, justa e em paz, tudo faremos para que os nossos governantes continuem a resistir às enormes pressões que os falcões não abdicam de praticar.
Continuando uma política de defesa da justiça social, que se quer cada vez mais efectiva, mantendo a Liberdade e a prática da Democracia nas suas diversas vertentes, que se impõe aprofundar, perseguindo uma política que promova a Paz, cada vez mais periclitante, continuaremos a construção do Portugal de Abril, um Portugal soberano, baseado na dignidade da pessoa humana e na cidadania, com uma sociedade livre, justa e solidária!
Esse continua a ser o nosso ideal, pelo qual não desistiremos de lutar com determinação. Convictos de que, não desarmando, todas e todos em conjunto, iremos vencer!

Viva o 25 de Abril!
Viva Portugal

Lisboa, Abril de 2019
A Direcção

participação na Antologia de Autores Transmontanos, Durienses
e da Beira Transmontana

Com edição da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa e sob coordenação de Armando Palavras foi lançado, no passado dia 25 de Maio e integrando o IV Congresso desta Instituição, que teve lugar no Pavilhão do Conhecimento – Centro Ciência Viva – Parque das Nações, em Lisboa, entre 25 e 27 de Maio passado,o livro intitulado Antologia de Autores Transmontanos, Durienses e da Beira Transmontana.

Não sendo nascido em Trás-os-Montes, atenho-me, entretanto, à ascendência materna transmontana e à minha vivência de meninice e juventude por terras de Miranda do Douro, cuja transcendência na minha vida me levam a dizer, a quantos me conhecem, que Miranda yê la mie tiêrra. Terra de adopção, por certo, e de afectos que perduram. É, pois, com todo o gosto e acrescido orgulho que me vejo integrado nesta antologia, ombreando com tantos e tantos filhos notáveis daquelas terras, em texto apologético sobre aquela mesma vivência.

928 páginas a revelar-nos uma vitalidade literária notável e que apenas espíritos distraídos porventura ignoram. Mas a obra aí está, imperativa. Os interessados podem (e devem, diria eu…) dirigir-se à Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro de Lisboa (ver em https://ctmad.pt/), solicitando o seu exemplar, cujo preço fica muito aquém do peso dos conteúdos.