by OrCa | Dez 31, 2015 | Sem categoria |
… que amanhã se comemora. Sempre coincidente com a celebração solsticial de inverno,
que se quer feita de eterno retorno mas sempre em espiral de esperança.
Cá estamos e estaremos. Com os votos de um excelente e esperançoso 2016,
aqui vos deixo um poema:
tanta vez a ausência nos atarda
na imensa desmesura de algum dia
e esse dia – que é tão nosso – se abastarda
entre o ser e o não ser que se enfastia
um afecto feito já grande pecado
um juízo desperdício da razão
um abraço de punhal amortalhado
que cravamos numas costas de feição
e vivemos muito pouco assim perdendo
duma vida inteira o tempo precioso
e corremos em redor não percebendo
que outro dia já nasceu de sol radioso…
– Jorge Castro
Dez. 2015
– fotos de Jorge Castro
by OrCa | Abr 24, 2015 | Sem categoria |
Amizades,
Aqui vos deixo, esperando a vossa companhia, sempre, o cartaz para a sessão evocativa do 25 de Abril, promovida pela Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras, da qual vos dei recente conhecimento e que terá lugar no Liceu de Oeiras, amanhã, dia 25 de Abril, a partir das 10 horas da manhã, também com o apoio da Associação 25 de Abril… E assim escrevi 25 de Abril por quatro vezes num só parágrafo!
by OrCa | Mar 22, 2015 | Sem categoria |
Começou-se cedo, logo pela sexta-feira, dia 20 de Março, a comemorar o Dia Mundial da Poesia. O local: a Escola B+1 (… que raio de denominação…) da Parede, com a professora Leonor a propor artes de sementeiras poéticas a alunos e encarregados de educação.
Numa sala muito bem preenchida – que razões de reserva me aconselham a não apresentar – quatro amigos transformaram essa plataforma de entendimento em poemas ao alcance de todos e, tanto quanto a imodéstia recomende, com um muito bom acolhimento por parte da assistência.
Uma palavra de intenso aplauso para o trabalho em prol do livro e da palavra escrita, patente em muito interessante exposição na Ludobiblioteca desta Escola, graças ao empenho e carolice que grande parte dos «responsáveis» pela Educação em Portugal fazem questão de ignorar.
– A senhora professora Nonô.
– Eduardo Martins
– Carlos Peres Feio
– Francisco José Lampreia
– Jorge Castro
Depois, no dia 21, no Hotel Vila Galé, em Paço de Arcos, com a apresentação da colectânea de poemas sobre ciência, O Bosão do João – com edição da By the Book (www.bythebook.pt) -, da autoria de Rui Malhó e apoio, para esta sessão, da EMACO – Espaço e Memória Associação Cultural de Oeiras, outro naipe de afectos entreteve, divulgando a poesia de autores de língua portuguesa, uma vasta plateia em cenário sobremaneira propício a tal actividade.
– Ana de Albuquerque (By the Book)
– Rui Malhó
– Fernando Catarino
– Rui Farinha
– Jorge Castro
– fotografias de Lourdes Calmeiro
by OrCa | Fev 6, 2015 | Sem categoria |
Três anos serão muito tempo ou quase nada, dependendo do ângulo pelo qual olhemos para a vida.
Esse foi, entretanto, o período já decorrido pela iniciativa um poema na vila, que Ana Freitas e um bom punhado de aventureiros leva a efeito em Coruche, com perseverança e galhardia – sim, galhardia, que ele há palavras que valem quanto pesam e não há por que as deixar cair no esquecimento.
Esta a ambiciosa e estimulante programação prevista já para este próximo sábado.
E aqui fica o convite:
Quem não for… depois, não se queixe…
by OrCa | Dez 31, 2014 | Sem categoria |
Pois é verdade, quase sem se dar por isso lá vamos indo com o tempo e, de súbito, dez anos foram vividos. Sempre imprevisivelmente. Mas sempre.
Partilho com múltiplos afectos esta realidade que é o Sete Mares, assim como várias outras actividades, não apenas de índole cultural, nas quais cumpro os meus dias. Com os outros.
Não terei muito para dar além disso. Como José Gomes Ferreira disse, penso nos outros, logo existo. Mais do que lema, um modo de estar vivo.
Assim sendo, com os meus votos para que 2015 seja um ano que nos alerte para o assumir cidadanias, aqui fica o meu reconhecimento e gáudio pela vossa companhia.
Dezembro
e já trinta e um
Dezembro
e já trinta e um
e lá passámos pelo tempo
sem que o tempo em nós
ficasse
ou desse sinal algum
a não ser naqueles sinais
que o tempo deixa a quem
passe
e faremos as promessas
das festas do solstício
que amanhã será início
de fazer tudo às avessas
e de havermos de mudar
mudar de ar
ou de roupagem
faremos talvez a viagem
há tanto tempo a esperar
mas há sempre algo a mudar
e tontos menosprezamos
cada segundo em que o mundo
tudo muda de lugar
e com o mundo mudamos
e com ele também rodamos
em espiral
se calhar
e lá vamos
sempre em frente
sempre ao sabor da corrente
que o tempo também consente
a fazermos do presente
esse futuro a chegar
e nada disso é indiferente
somos nós só a andar…
– Jorge Castro
31 de Dezembro de 2014