by OrCa | Jun 12, 2017 | Sem categoria |
E foi já em 26 de Maio – que o tempo voa!…
Talvez a sua denominação traga em si alguma pompa, mas a circunstância relevou o facto de estarmos no Templo da Poesia, ainda que sem adequados paramentos que não fossem os dos afectos e da partilha, expressões recorrentes nesta nossa iniciativa em prol da Poesia.
– fotografia obtida em www.elevogroup.comptportfoliotemplo-da-poesia
Templo da Poesia Parque dos Poetas – Oeiras – visão nocturna
Em actividade agora integrada nas iniciativas da
EMACO – Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras,
propomo-nos dar continuidade às Noites com Poemas, usando para esta 101ª sessão, como pretexto – se tal fosse necessário – uma nova apresentação do livro-álbum 100 Noites com Poemas.
Em belíssimas e confortáveis instalações e agora sob a égide da Câmara Municipal de Oeiras…
… nesta nossa sessão muito condignamente representada por Eduarda Oliveira, responsável pela Divisão de Cultura e Turismo e nossa anfitriã, ensaiámos, pois, esta acção que se quer projectada para o futuro.
Joaquim Boiça, enquanto presidente da EMACO deu as boas-vindas aos presentes, anunciando sucintamente os objectivos da Associação e várias das iniciativas que levamos em curso.
– De seguida, o Professor José d’Encarnação, de algum modo já considerado o afectuoso padrinho desta iniciativa, brindou-nos com uma muito original e pessoalíssima abordagem às nossas sessões, que, para nosso gáudio, vem acompanhando desde a primeira hora, o que lhe confere autoridade para a ela se referir de cátedra e, como ficou bem patente para todos, com um cunho de originalidade, até, que nos emocionou.
Depois, o anúncio – que a mim me competiu – das duas rondas de poemas com que o «núcleo duro» brindaria os presentes, referindo, de passagem, alguns aspectos mais relevantes deste encontro de amizades que conta já com mais de dez anos de idade e sem esmorecimentos.
Talvez tão-só por recear que algum futuro (previsível) possa desvirtuar-nos o passado, neste mundo de fogos fátuos e do culto «assanhado» de irrelevâncias e de foguetório, onde nos cumpre afirmar, no presente e na primeira pessoa, que – como sempre nos diz José Fanha – somos portugueses aqui, sem delegar em mandantes das tais irrelevâncias um testemunho que a nós nos compete.
– Ana T. Freitas
– Carlos Peres Feio
– David Silva
– Eduardo Martins
– Francisco José Lampreia
– João Baptista Coelho
– Luís Perdigão
– Fernanda Frazão, figura tutelar das Noites com Poemas, que sempre acompanhou e apoiou, das mais variadas formas e modos, que a fazem transcender, para cada um de nós, o mero estatuto de editora, para aquele outro de amiga, companheira, conselheira e cúmplice, ajudando a compor este ramalhete de navegações que, de outro modo, muito difícil seria de conduzir a bom porto.
E, por fim, Jorge Castro – o próprio… – cumprindo a sua parte na ronda de poemas e anunciando o encerramento da sessão…
… não sem que antes desse a voz a Idália Silva, elemento integrante do grupo congénere ao nosso – um poema na vila – especialista em nos brindar com «poemas de circunstância» que têm invariavelmente o condão de constituírem um momento de bom humor e disposição, ditos com uma graça… enfim, que é muito dela e que muito nos apraz, para além de nos ter composto, ainda, o «primeiro poema de Oeiras» para esta sessão!
O público, numa sala muito bem composta desde a primeira hora, e sem o qual grande parte da relevância do que escrevemos e dizemos se desvanece, esvaziado de interesse maior, pois nesta arte de promover mensagens, se o e o emissor não contar com o destinatário… estamos conversados.
Em nome da única integrante destas 100 sessões que constituíram o nosso livro-álbum, Maria Francília Pinheiro, que não mais nos acompanhará em próximas sessões mas cuja memória não deixará de nos acompanhar sempre, foi dito um seu poema, constante do livro e que por ela nos foi legado:
Maria Francília Pinheiro
(30/01/1934 –
20/04/2013)
Faz-te ao largo
Depois da ventania me levanto
Como o bambu em pleno canavial.
O choro aprendi a afogar e o pranto,
Lembrando dizeres de velho ancestral:
É tempo de arribar
do teu quebranto.
Vê como é belo o
espaço sideral!
Cuida a ternura, a
graça e o encanto
Dos pombos que
namoram no pombal…
O medo de ter medo
é que destrói.
Lava as feridas.
Não te importes se dói.
E faz-te ao largo
em estrada não andada…
Procura a força.
Está dentro de ti.
Mas nada importa.
Olha o mundo e ri,
Que o Sol traz amanhã
outra alvorada!…
Maria Francília Pinheiro,
in Poesia Que a Mágoa Tece, Lisboa,
2007)
– fotografias de Lourdes Calmeiro e de Lídia Castro
by OrCa | Jun 7, 2017 | Sem categoria |
Pela mão da infatigável Ana Freitas e com a colaboração dos nossos amigos de Coruche, haverá uma nova apresentação deste nosso livro-álbum, no próximo domingo, dia 11 de Junho, pelas 15 horas, no Auditório José Labaredas do Museu Municipal de Coruche.
Apareçam! Vendo bem, até Coruche é um salto de pardal e o tempo é sempre bem empregue!
by OrCa | Jun 3, 2017 | Sem categoria |
Prosseguindo na divulgação do livro-álbum que congrega a actividade que desenvolvemos ao longo de nove anos (de 2005 a 2014) na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana, fomos, desta feita e pela mão da Comunidade de Leitores e de Cinéfilos das Caldas da Rainha, até à Biblioteca Municipal daquela cidade, no passado dia 20 de Maio, para uma nova sessão de apresentação
– Palmira Gaspar dá início e apresenta a sessão que irá ter lugar.
– Jorge Castro e Carlos Gaspar
– A sessão contou, também, com a participação da
Orquestra Juvenil da Escola de Música de A-dos-Francos,
constituída por promissores jovens, que abriram o evento com interpretações de trechos
de Anne McGinty e Ennio Morricone.
A Orquestra Juvenil foi conduzida pelo também jovem maestro Diogo Esteves.
– Carlos Gaspar faz um historial da actividade desta Orquestra, bem como do percurso, já bem relevante, quer do seu maestro, como de vários dos elementos que a integram que, a despeito do que se poderá considerar pouca idade, apresentam já um percurso notável, na área musical.
– Partimos, de seguida, para uma passagem poética por parte de vários dos elementos que integraram este projecto das 100 Noites, sendo que esta passagem incidiu especialmente para aquilo a que poderemos chamar de «poesia bem disposta», onde a ironia ombreia com o sarcasmo e estende a mão a alguma brejeirice, porque também por aí a vida se respira melhor.
– Carlos Peres Feio
– David Silva
– Eduardo Martins
– João Baptista Coelho
Uma sala simpaticamente composta…
– Jorge Castro
– Diogo Esteves
– Tatiana Sousa, que, além de integrar a Orquestra e na sua qualidade de formadora, é a responsável pela formação musical de muitos dos elementos que integram a Orquestra Juvenil.
Segunda parte da actuação da Orquestra Juvenil da Escola de Música de A-dos-Francos, com trechos da autoria de Samuel Hazo, Sir Edward Elgar e de Alan Menken.
– Num dos intervalos da sessão, Aida Reis, a responsável pela Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha, distribui uma amável oferta por todos os elementos da Orquestra Juvenil.
E partimos para uma segunda ronda poética onde agora sim, fizemos incidir a nossa participação nos conteúdos do livro-álbum das 100 Noites com Poemas.
– Carlos Peres Feio
– David Silva
– Eduardo Martins
– João Baptista Coelho
– A mim me competiu a alocução sobre as razões profundas da criação desta obra, quais as suas motivações e objectivos, numa perspectiva de testemunho de cidadania, razão de ser primeira deste «nascimento».
– Aida Reis cumprimenta-nos pela iniciativa, também com agradecimentos pela partilha a quantos se deslocaram à Biblioteca das Caldas da Rainha.
Tempo para os autógrafos costumeiros, no encerramento de mais uma feliz iniciativa da Comunidade de Leitores e Cinéfilos das Caldas da Rainha, incansáveis promotores destas sessões culturais, das quais contaram, assim, com a realização da bela marca de 37, abnegadamente em prol de uma difícil causa de que, no entanto, não desistem.
Honra lhes seja feita!
(fotografias de Lourdes Calmeiro e de Lídia Castro)
by OrCa | Mai 22, 2017 | Sem categoria |
Continuando a divulgação do nosso livro-álbum 100 Noites com Poemas,
aqui fica informação da próxima sessão, agora sob a égide da
EMACO – Espaço e Memória, Associação Cultural de Oeiras,
para o próximo dia 26 de Maio (sexta-feira), pelas 21 horas,
no Templo da Poesia do Parque dos Poetas, em Oeiras
by OrCa | Mai 15, 2017 | Sem categoria |
JORGE CASTRO, 100 NOITES COM POEMAS E A ORQUESTRA JUVENIL DA ESCOLA DE MÚSICA DE A DOS FRANCOS NA BIBLIOTECA MUNICIPAL DAS CALDAS DA RAINHA
Organizado pela Comunidade de Leitores e Cinéfilos das Caldas da Rainha na Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha, vai ter lugar, no próximo dia 20 (sábado), às 15 h, o lançamento, na Região Oeste, do livro 100 Noites com Poemas, que resultou das sessões mensais de Noites com Poemas, que se realizaram de 2005 a 2014, na Biblioteca Municipal de Cascais em São Domingos de Rana, dinamizadas por Jorge Castro.
O livro tem a coordenação geral e textos de Jorge Castro e contém, ainda, uma grande quantidade de imagens documentais de cada sessão. Participarão, também, nesta apresentação alguns dos elementos que integraram o desenvolvimento do projecto – Carlos Peres Feio, David Silva, Eduardo Martins, João Baptista Coelho, etc..
Durante a sessão terá lugar a realização de um Concerto pela Orquestra Juvenil da Escola de Música de A dos Francos, dirigido por Diogo Esteves.
A Orquestra Juvenil é constituída por 20 jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 22 anos, muitos dos quais, já fazem parte da Banda Filarmónica de A dos Francos. Diogo Esteves, com apenas, 22 anos, é o Director da Escola de Música de A dos Francos, e, também, trompista da Banda de Música da Força Aérea e 1.º Trompa na Orquestra Filarmónica de Lisboa.
by OrCa | Mai 13, 2017 | Sem categoria |
No passado dia 06 de Maio de 2017, fomos, com a EMACO – Espaço e Memória, Associação Cultural de Oeiras, de passeio até Fanhões, ali para os lados de Loures, terra de inumeráveis cultores dessa arte popular que vem recebendo tratos de polé e que é a calçada portuguesa.
Ponto de encontro junto ao monumento evocativo ao calceteiro de Fanhões, estátua da autoria da escultora Eduarda Filhó, homenagem e recordação para os vindouros de que aquela foi terra de calceteiros
Depois, um breve passeio por Fanhões, de olhos literalmente colados ao chão, apreciando as diversas manifestações dessa arte de calceteiros em que esta povoação é pródiga.
Uma especial menção à entrada da Igreja de São Saturnino (edificada em 1575), que também visitámos, com um belo exemplo da arte de calceteiro.
Uma cruz na calçada, entre pedra sextavadas e «marretas» (para quem não saiba, trata-se de metade de uma sextavada), que ela há marretas as mais diversas…
Ernesto Matos apresenta-nos um exemplo, existente na igreja de São Saturnino, de outras aplicações possíveis da técnica da calçada portuguesa… … enquanto nos deliciávamos com um pastel de nata, acabadinho de sair do forno, numa das pastelarias do largo central.
Visita à casa-galeria da calçada portuguesa de Zé da Clara, onde fomos muito aprazivelmente recebidos e guiados pelo próprio, cheio de bonomia e grande sentido de humor, e assistimos a uma exposição sobre a história e as vicissitudes por que vai passando a calçada portuguesa, por parte de Ernesto Matos, enormíssimo cultor desta manifestação artística, com diversos livros publicados sobre o tema, de que se destaca aqui Fanhões – Homines Petrae, exactamente dedicado a esta comunidade e seu labor.

Fanhões, no concelho de Loures, é terra de mestres calceteiros. Local evocado no Memorial do Convento, quando José Saramago refere os homens que carregam as pedras para a construção do “convento de sua majestade”. O presente livro assume-se como uma homenagem a estes homens, mestres do passado e do presente, que espalharam a sua arte pelos passeios de Lisboa e de outras cidades do mundo. Ernesto Matos e Lonha Heilmair partem em busca da memória viva e das histórias destes artesãos que “afeiçoam as pedras na palma da mão”. Homens de “mãos calejadas pelas rudes pedras e pelos martelos de aço negro” que com o seu talento e sensibilidade embelezam as ruas da cidade, enchendo de sonhos o nosso quotidiano.
Depois, foi uma aprazível passeata e convívio através dos notáveis exemplos expostos, com um ou outro poema de circunstância à mistura, até porque Ernesto Matos faz sempre questão de casar, em cada livro seu, o tema da sua paixão – a calçada portuguesa – com um fio de poemas.
Por fim, dirigimo-nos ao restaurante O Saloio (R. Francisco Mateus Germano 19, 2670-722 Fanhões), para um almoço-convívio.
O menu: entradas, pernil assado no forno com batatinhas assadas ou bacalhau à brás, que nos deixaram com vontade de voltar.
(fotografias de Jorge Castro)