estou farto destes gajos mais dos seus orçamentos da treta!
E a República que nunca mais chega…!

Afirmar-se, hoje e aqui, que Sócrates e o seu elenco, sequenciando uma caterva de governos do bloco central de interesses, têm destruído a esperança de Portugal enquanto nação independente e viável, parece uma evidência que poucos, hoje e aqui, terão coragem de sequer contraditar, perante a evidência avassaladora dos factos.
E desenvolve-se esta estratégia de destruição através de duas componentes, também elas gritantes mas aparentemente incontroláveis, segundo os seus preclaros defensores e teóricos. A saber:
– por um lado, uma submissão cega aos interesses da alta finança internacional, a que se convencionou rotular de «mercados»;
– e, por outro e ao nível interno, a concentração do poder, sem pudor nem barreiras de qualquer espécie, nas mãos de uma minoria não qualificada, de que é parte substantiva o «escol» de que cada primeiro-ministro se faz rodear, pagando por bom preço – com os dinheiros de nós todos, entenda-se! – o apoio de tais apaniguados colhidos na família da respectiva máquina partidária, quando não no seio da própria família de sangue. Chamam-lhe clientela política mas também é chamada «os boys».
Para além de aparentes dissensões de somenos importância, há dois principais clãs que têm (des)governado o País e que, ultrapassando minudências, sempre acabam por se entender, à mesa do orçamento, relativamente às questões de fundo – e a isto vão-lhe chamando a «alternância democrática», no que toca à partilha do poder de Estado. (…)

– Este é meu novo artigo de opinião publicado pela FreeZone. Pode ler o artigo completo AQUI

proposta de nova bandeira
para a República que há-de vir…

Com tanta cegueira, mais ou menos deliberada, que nos consome, parece-me bem
que surjam correspondências aos nossos anseios colectivos,
que nos identifiquem, também enquanto povo, com os símbolos da nação…

– fotocomposição de Jorge Castro

*

Entretanto, aproveite para ler o meu último artigo publicado na FreeZone
com o título

Esta é uma crónica moralista e algo conformada… 
– Porque é que, em Portugal, não se utilizam os «piscas»? 

– República de 100 anos
– Nação de 800 anos
– Povo de… milhares de anos

Não é na crispação que desponta a criatividade? Ora, adeus… E eu que pensava exactamente o contrário…!
A todos quantos, nas comemorações frustres dos 100 anos da República, advogaram a manutenção destas águas moles e paradas em que vivemos atolados – cujo contrário apelidaram de «crispação» – as minhas sentidas condolências.
A esses voluntários reféns dos ditames dos centros internacionais de decisão, para os quais a independência nacional é expressão que já não faz sentido – se é que, para eles, alguma vez o fez… – as minhas muito sinceras e sentidas condolências.
Mortos em vida, despojos inúteis esquecidos no caixote do lixo da História, empecilhos do futuro, deles nada restará senão ódio ou comiseração por tanta sabujice e miguel-vasconcelismo.
Crispemo-nos, pois, contra a adversidade construída, contra a constante mentira despudorada que nos entope o viver!

E nós, que já por cá singrámos há tantos anos, havemos de prosseguir. Há, decerto, novos mundos a descobrir. Naveguemos, pois.  

The Independent – Quem apoia o cessar-fogo imediato?

Algumas perguntas inconsistentes:
E quando acordará o mundo desta fantochada hipócrita e pseudodemocrática e recoloca no devido e proporcional lugar estes fantoches pseudodemocratas?…

Que sentido tem falar-se hoje de “cultura ocidental” no concerto de um “mundo globalizado”? Em qualquer caso, essa cultura tem alguma semelhança consistente, por exemplo, entre Manhattan e Fornos de Algodres?
E tudo isto para quê? – Para mantermos o mundo sustentado a petróleo, quando já todos sabemos – sabemos mesmo?… – que as reservas mundiais
estão a esgotar-se em ritmo galopante?
São quantos os “seres humanos” que se sustentam deste logro? E vale a pena continuar a sustentá-los à revelia do interesse do mundo todo?

fotografando o dia (37)

Líbano e Israel
e as fronteiras criadas na Humanidade
tão efémeras no intemporal da Terra
ainda que o vento
como após a tempestade
há-de abrir de novo o céu que a nuvem encerra
entretanto
esse caudal de sangue imenso
sobre o homem
a mulher e a criança
é um rio de que o lucro se alimenta
ou um mar que no ódio se sustenta
e que apurámos neste tempo de delícias
tropeçando no espanto das notícias
foto e poema de Jorge Castro

Perguntou-me alguém se eu tinha a noção de que a divulgação do cartaz acima tinha subjacente uma tomada de posição a favor de uma das partes envolvidas no conflito…
A resposta é afirmativa e, para além de outros pruridos geo-estratégicos, não pode deixar de o ser enquanto cada civil morto do lado de Israel for um “civil inocente” mas ser sempre um perigoso apoiante do Hezbollah quando a sua morte ocorre do outro lado da fronteira.