Não é na crispação que desponta a criatividade? Ora, adeus… E eu que pensava exactamente o contrário…!
A todos quantos, nas comemorações frustres dos 100 anos da República, advogaram a manutenção destas águas moles e paradas em que vivemos atolados – cujo contrário apelidaram de «crispação» – as minhas sentidas condolências.
A esses voluntários reféns dos ditames dos centros internacionais de decisão, para os quais a independência nacional é expressão que já não faz sentido – se é que, para eles, alguma vez o fez… – as minhas muito sinceras e sentidas condolências.
Mortos em vida, despojos inúteis esquecidos no caixote do lixo da História, empecilhos do futuro, deles nada restará senão ódio ou comiseração por tanta sabujice e miguel-vasconcelismo.
Crispemo-nos, pois, contra a adversidade construída, contra a constante mentira despudorada que nos entope o viver!
E nós, que já por cá singrámos há tantos anos, havemos de prosseguir. Há, decerto, novos mundos a descobrir. Naveguemos, pois.