Líbano e Israel
e as fronteiras criadas na Humanidade
tão efémeras no intemporal da Terra
ainda que o vento
como após a tempestade
há-de abrir de novo o céu que a nuvem encerra
entretanto
esse caudal de sangue imenso
sobre o homem
a mulher e a criança
é um rio de que o lucro se alimenta
ou um mar que no ódio se sustenta
e que apurámos neste tempo de delícias
tropeçando no espanto das notícias
foto e poema de Jorge Castro
Perguntou-me alguém se eu tinha a noção de que a divulgação do cartaz acima tinha subjacente uma tomada de posição a favor de uma das partes envolvidas no conflito…
A resposta é afirmativa e, para além de outros pruridos geo-estratégicos, não pode deixar de o ser enquanto cada civil morto do lado de Israel for um “civil inocente” mas ser sempre um perigoso apoiante do Hezbollah quando a sua morte ocorre do outro lado da fronteira.