by OrCa | Fev 12, 2016 | Sem categoria |
– momento que dedico aos meus amigos siderais Pedro Mota, Rui Malhó e Rui Vieira Farinha.
dois buracos negros
impertinentes
após se terem libertado da respectiva estrela colapsada
e tirando-se de seus lazeres
circunstantes
rodearam-se e valsaram no universo estelar
imbuídos de uma matéria astronomicamente maciça
e infinitamente compacta
determinaram a sua singularidade
reflectida nos respectivos corações
onde o tempo pára
e o espaço deixa de existir
mas como tudo isto é muito relativo
e após ambos determinarem o seu horizonte de eventos
região que – como todos sabem –
é local de onde não se pode regressar
e também como – já segundo Einstein dizia –
a gravidade pode influenciar no movimento da luz
por aquela valsa dos buracos amantes
vamos todos vogando
universalmente
ao ritmo e cadência das sua ondas gravitacionais de paixão
produzidas no turbilhão do cosmos
– trata-se afinal do mais recente desenvolvimento da Invenção do Amor
do poeta Daniel Filipe
em que os amantes siderais
subverteram
com o seu acto de amor
a cidade siderada…
– Jorge Castro
11 de Fevereiro de 2016
by OrCa | Fev 8, 2016 | Sem categoria |
(só para que não se diga que, por este blog, a coisa anda algo parada…)
Carnaval à Bulhão Pato
tão pacato e perna à mostra
mesmo com pouco recato
não vejo ameijoa nem ostra…
talvez que seja da crise
que não deixa vir à tona
e se apuro algum deslize…
ora, gaita, é matrafona…!
by OrCa | Jan 25, 2016 | Sem categoria |
Esta a forma de agradecer que nos distingue no mundo, segundo Sampaio da Nóvoa.
Os portugueses, entretanto, demonstraram uma vez mais a preponderância do relevo mediático nas suas vidas e o quanto são influenciáveis pelo jogo de espelhos que os media proporcionam.
A distorção das imagens que isso ocasiona não os incomoda. Pelo contrário, convivem de tal modo bem quase como se as suas (nossas) vidas se resumam a uma passagem, de preferência longa, por um qualquer parque de diversões.
Não será impunemente que se dizia, por franças e araganças, que les portugais sont toujours gais.
Sim, lá vamos, cantando e rindo, levados, levados, sim…E eis que o velho hino salazarento assume contornos de actualidade globalizada e globalizante.
Mas Marcelo Rebelo de Sousa, convenhamos, não é mau. Podia ser muito pior.
E como, a partir de hoje, ele é também o meu presidente, só posso desejar e esperar que venha a revelar-se muito melhor. Melhor do que sempre foi e melhor do que aquele que sai.
by OrCa | Jan 22, 2016 | Sem categoria |
Este blog é, evidentemente, um blog de conteúdos políticos… Aliás, à imagem e semelhança de toda a vida em nosso redor. Assim sendo, o seu autor – para quem não saiba, eu próprio -, para além de posições e opiniões, tem da cidadania o conceito de que ela só existe quando é participada.
A minha opção actual «nasceu» há muito tempo e consolidou-se no Congresso da Cidadania, promovido pela Associação 25 de Abril, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Março de 2015. E, obviamente, mantém-se.
by OrCa | Jan 19, 2016 | Sem categoria |
– talvez seja pela saudade esperançosa de mais sol, cá vos deixo um poema suscitado em tempo de névoa densa e frio agreste…
ao correr pelos campos da intriga
onde eu sei que a inveja dá semente
não me atardo na colheita de uma espiga
corro mais por saber que mais à frente
há searas de outra luz que mais me abriga
e me traz mais da vida e mais urgente
busco então as papoilas de veludo
que tão rubras dão ao dourado o calor
mais que o Sol que no estio cobre tudo
e as aves que esvoaçam com ardor
em chilreios que dão voz ao campo mudo
são a vida a cumprir-se de outra cor.
– Jorge Castro
by OrCa | Jan 8, 2016 | Sem categoria |
Não vá dar-se o caso do senhor professor Marcelo me questionar, num qualquer dia destes, acerca do que é que eu pensei no dia 07 de Janeiro de 2015 sobre ele – isto porque, presumivelmente, quase ninguém me conhece e posso querer candidatar-me à Presidência da República no futuro – , aqui fica registado que creio bem que Marcelo encontrou finalmente alguém, à altura da sua inteligência, que foi capaz de o deixar muito inquieto e tão pouco à vontade, como nunca o vi.
E por muito que se ginastiquem os desvairados «comentadores» e «analistas políticos» da nossa praça, Sampaio da Nóvoa disse-lhe o que havia a dizer e o desconforto da careca destapada foi gritantemente patente no que a Marcelo diz respeito.