– talvez seja pela saudade esperançosa de mais sol, cá vos deixo um poema suscitado em tempo de névoa densa e frio agreste…
ao correr pelos campos da intriga
onde eu sei que a inveja dá semente
não me atardo na colheita de uma espiga
corro mais por saber que mais à frente
há searas de outra luz que mais me abriga
e me traz mais da vida e mais urgente
busco então as papoilas de veludo
que tão rubras dão ao dourado o calor
mais que o Sol que no estio cobre tudo
e as aves que esvoaçam com ardor
em chilreios que dão voz ao campo mudo
são a vida a cumprir-se de outra cor.
– Jorge Castro
De repente, pareceu-me ler que tinhas escrito isto por ser "em tempo de Nóvoa"
A vida tem belas cores!…
Ainda bem, junto com belas poesias!…
O Sol tem suas pausas, mas a luminosidade se recolhe
e é refletida em outras expressões de beleza.
Os tempos de Nóvoa são sempre os meus tempos. Agora este, amanhã outro, mas sempre os outros tempos (com sublinhado à mistura). Destes tempos estou farto até à medula. Venham outros… ou façamos por isso, enquanto o tempo é nosso. E do nosso tempo faremos o que quisermos.
E tu, Suzete, também deixas mais luz por estas paragens. Volta sempre! ;-)»