Não é a primeira vez que o digo, mas estou em crer que não é demais repetir. E mais SNS não significa, exclusivamente, mais instalações.
Significa, sim – e isso é de muito mais complexa criação -, uma muito mais justa retribuição aos profissionais que o integram, retribuição que torne apelativo para cada um desses profissionais da área integrar o mesmo Serviço Nacional de Saúde.
Os órgãos de «comunicação» matraqueiam-nos diariamente os ouvidos com «realidades» falaciosas que instilam o medo irracional, em função de uma agenda obscura que ninguém entende. Um exemplo só e muito recente:
– Um hospital de Lisboa «atingiu os 87% de ocupação nas Unidades de Cuidados Intensivos e nas Enfermarias». Disparate!
Primeiro porque uma coisa são as UCI e outra as Enfermarias e uma não tem nada a ver com a outra, pelo que não é legítimo «amontoá-las». Depois, porque se fala de 9 camas ocupadas num total… de 10.
Ora, se em vez de 10 camas num hospital de referência houvesse 100, qual seria a percentagem? Pois é… E até temos a logística. Então, o que nos falta? O capital humano.
Porque é que, no estado actual, ainda não se ouve falar de hospitais de campanha? E os que se criaram na chamada 1ª fase ficaram, praticamente às moscas. Se calhar porque é preciso haver profissionais qualificados para gerir essas camas. E, se calhar, outra vez, não os há.
Capital humano que foi para o Reino Unido, para os Emirados Árabes Unidos, para as Franças e Araganças para onde os levaram as desastrosas políticas remuneratórias e leis «laborais» praticadas há longos anos, em Portugal. E foram para esses países ganhar o dobro, quando não o décuplo (e não é exagero!) do que poderiam ganhar por cá… se tivessem emprego.
E foram, para cúmulo, disponibilizar os seus serviços de excelência cujas competências obtiveram em Portugal através dos impostos que cá se pagam, para além do esforço das respectivas famílias.
Efectivamente, «algo está podre no reino da Dinamarca», como dizia o poeta, e estou em crer que a boa saúde dos bancos – a que sempre se acorre nas diversas aflições de que vão sendo «vítimas» – não nos ajuda, em nada, a superar a pandemia.
Em qualquer caso e para não dizerem que falo do que não sei, vou tentar internar-me num qualquer banco, para fazer mais adequada investigação no terreno… e, depois, vos direi como a coisa se passou.