Assisto (assistimos) incrédulo ao afã com que inúmeras autarquias nos anunciam a queima do «madeiro do Natal ou do Ano Novo», como uma espécie de ex libris de engrandecimento da terra e respectivas gentes…

E, lá está, vemos, ouvimos e lemos e, se calhar por mau-feitio pouco esclarecido, percebemos mal. Pelo menos, eu não percebo mesmo nada.

Então, eles são os flagelos dos incêndios (sempre dantescos), ele é a emissão de carbono e de gases com efeito de estufa, ele é a salvaguarda do património florestal, elas são as famílias carenciadas sem lenha para se aquecerem, porque ao preço da electricidade não chegam, e os senhores autarcas a que temos direito o melhor que lhes ocorre é incendiarem um madeiro, durante dias a fio, para engrandecimento das terras?

Valha-nos um burro aos coices, como diria um velho professor que eu tive!