by OrCa | Jan 18, 2011 | Sem categoria |
– cartaz de Alexandre Castro
Um Outro Livro de Job (30 Retratos de uma Peregrinação), esta a obra da autoria de João Baptista Coelho, a ser apresentada pelo professor José d’Encarnação no próximo dia 21 de Janeiro de 2011 (sexta-feira), pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Cascais – São Domingos de Rana.
Companheiro fidelíssimo das nossas Noites com Poemas desde a primeira hora, João Baptista Coelho é uma lição de vida para quantos têm a fortuna de com ele cruzar andanças. Poeta do desassossego, também, de uma vida cumprida sempre em busca de mais vida para cumprir, com ele o tempo deixa, de algum modo, de perder a razão de ser..
Um Outro Livro de Job é – finalmente! – uma obra sua, com edição da Câmara Municipal de Cascais, a permitir-nos aceder, com outro tempero e atenção, aos seus poemas.
Por lá estaremos, vários amigos, levando a quem nos quiser ouvir um braçado de poemas colhidos na sua extensa seara, em preito de menagem, dir-se-ia, que a nobreza do autor o justifica.
Venham daí e tragam um amigo, também. Esta noite não será desperdiçada! E a festa será ainda mais festiva com a vossa presença.
Abraços.
Jorge Castro
by OrCa | Jan 16, 2011 | Sem categoria |
De poucas coisas gosto mais, na minha terra de acolhimento – Carcavelos -, do que a fruição da orla marítima dessa praia que poderá considerar-se dos melhores areais de Portugal – e se os há belíssimos! Os passeios de fim de tarde ou de fim de semana lavam-nos olhos e alma…
Mas… ó, terrível mas! Repararão que, nas duas imagens acima, a escadaria fotografada tem uma lógica arquitectónica coerente com o respectivo paredão onde se insere. Assim eram e a tais regras obedeciam todas as diversas escadarias que se desenvolviam ao longo do areal. E por ali se aguentaram muitas dezenas de anos a fio. Há quarenta anos, pelo menos, que eu assim as conhecia.
Porém, a pavimentação – que tanto e tanto tardou – daquele magnífico passeio e mais quem o imaginou, desenhou, arquitectou, levou a que se derrubassem essas escadarias… para fazer outras nos mesmos locais. E mal se entende o porquê da atitude. Eventualmente, para aproveitamento de materiais que sobraram das obras de pavimentação e infraestruturas diversas…
Pequena nota esclarecedora: na imagem acima, do rebordo da rampa até à areia dista qualquer coisa como um metro e trinta centímetros… – claro, oscilantes com as marés, que le há marés! Bem mais marés do que marinheiros, pelos vistos.
E apenas por isso, pelo aproveitamento de sobras e de restos, é que se pode entender (?) o resultado final destas esplendorosas rampas, com piso especial e politicamente correctas, pois até darão para carrinhos de deficientes chegarem ao areal… Isto se os carros para deficiente pudessem ter alguma serventia num areal, ou se as próprias rampas, com os mgníficos acabamentos que podemos ver-lhes, viessem a revelar-se de alguma utilidade, até para pessoas sem deficiência
Qualquer coisa, efectivamente, está podre no reino da Dinamarca! Há, efectivamente, por aí uma seita malfazeja que se compraz em gozar com a cara do cidadão contribuinte. E na maior impunidade. Só pode…!
Talvez amarrá-los a uma cadeira de rodas e fazê-los deslizar, uma e outra vez, por estas abstrusas rampas, até que, por fim, miassem ou uivassem, ou um raio que os partisse!
by OrCa | Jan 13, 2011 | Sem categoria |
Como tudo o que neste mundo vai girando, não é de especiosa importância registar as 200.000 visitas ao Sete Mares.
Mas como tudo neste mundo, cada facto ou ocorrência pode assumir a desmesura que lhe quisermos atribuir.
Eu apuro que sete anos de actividade no Sete Mares é o mesmo que dizer 2.555 dias dessa actividade. E que as 200.000 visitas totais representam 78 visitas diárias.
Gabo a vossa paciência e assumo a minha responsabilidade. Bem hajam.
by OrCa | Jan 11, 2011 | Sem categoria |
– no dia da morte de Vítor Alves, capitão de Abril
o que há para se fazer terá de ser feito hoje
e se puder feito já e feito já nesta hora
não por pressa nem demora que o tempo nunca nos foge
mas fugimos nós ao tempo julgando que vá embora
algum tempo em contratempo onde a amargura se aloje
ou se anoje a desventura de esperar sempre amanhãs
que não cantam nem sorriem se não dermos corpo ao grito
emudecido e aflito nas dormências tão malsãs
em que se escoam os dias e as esperanças sem fito
que ele há um tempo de searas e outro tempo de romãs
e nas campinas papoilas dão seu brado sem ter medo
de que o seu sangue vermelho marque a diferença no chão
que nem por isso se esconde esse azul do céu enredo
nem ficará pelo meio da Lua uma translação
de criar marés e dias e os ventos no arvoredo
o que há para se fazer terá de ser feito hoje
que o amanhã tem por certo o ser-nos um tempo incerto
e não nos ficar por perto o ontem que já passou
o que há para se fazer terá de ser feito hoje
corpo de uma esperança aflita ou de um sonho que voou.
– Jorge Castro
09 de Janeiro de 2010
by OrCa | Jan 10, 2011 | Sem categoria |
A alguém a quem devo, muito simplesmente, o poder dizê-lo, aqui e agora, tão abertamente, mesmo que de coração magoado; a um desses que se vão da lei da morte libertando; a um dos que, num momento dado das suas vidas, se confrontou, em carne viva, com o seu papel na vida e no devir do seu semelhante e ousou dar o passo em frente; a alguém que cultivou a arte de gerar consensos … A esse alguém, a minha sentida homenagem.
Para todos quantos a Liberdade não é uma palavra vã, saibamos manter erguidos testemunho e bandeira.
Até sempre, Vítor Alves!