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É sabido que os publicitários são uns exagerados. Mas quando deles se evola o pendor poético…. que dizer? Ora, pois, que amem e façam o que quiserem! 

de uma bandeira ao contrário

Terá sido um lapso; terá sido um boicote; terá sido qualquer coisa que não devia ter sido, como tanta coisa que por cá se vai passando e não se devia passar…
– imagem obtida, com a devida vénia, no sítio do Diário de Notícias 
não que me afecte a bandeira
hasteada em modo vário
quem sabe bem mais faceira
de lado ou pelo contrário
e até chegar ao hino
com candura e muito imposto
e pô-lo a fazer o pino
de pés p’rò ar que é um gosto
marchando «contra os canhões»
e acabando com os «heróis»
seja lá por que razões
ou por sujos maus lençóis
porque afinal já se diz
estar a bandeira direita
mas ser bem mais infeliz
ver quanto o país se ajeita
ao facto extraordinário
de estar de pernas p’rò ar
e tal ser já ordinário
sem parecer ter volta a dar
pois que ao país não se acerta
sem protocolo a preceito
assim cá deixo um alerta:
dêmos-lhe a volta com jeito
com jeitinho mas denodo
zurzindo nos maus mandantes
voltando Abril de outro modo
sem nos ficar como d’antes

e rimar nação com povo

de canhões contra os tratantes.
 

– versalhada de Jorge Castro

Última actualização do Google Maps…

quotidiano delirante (16) – Panteão

Panteão Nacional

O Panteão Nacional, situado na zona histórica de Santa Clara, ocupa o edifício originalmente destinado para igreja de Santa Engrácia, acolhendo os túmulos de grandes vultos da história portuguesa. Fundado na 2ª metade do século XVI, o edifício foi totalmente reconstruído em finais de Seiscentos pelo arquitecto João Antunes; embora nunca chegasse a abrir ao culto, conserva, sob a cúpula moderna, o espaço majestoso da nave, animada pela decoração de mármores coloridos, característica da arquitectura barroca portuguesa. Elemento referencial no perfil da cidade e oferecendo pontos de vista privilegiados sobre a zona histórica da cidade e sobre o rio Tejo, está classificado como Monumento Nacional. – informação colhida em http://www.igespar.pt/pt/monuments/51/ da responsabilidade do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico

Pois fui-me ao Panteão Nacional, para assistir a uma inauguração de Pintura de Isabel Nunes  – http://www.isabelnunes.com/ – (A Geração de 500) -, sobre a gesta das descobertas, que lá se encontra patente e de que recomendo visita, aproveitando para colmatar uma lacuna grave nos meus périplos por Lisboa, pois a verdade é que nunca tinha, até anteontem, visitado este nosso local de referência da capital. 
Da visita nada vos direi. Recomendo-a vivamente e pronto.
Mas não pude deixar de notar, com uma mistura de incredulidade, vergonha, espanto e, convenhamos, até alguma indignação, aquele cabo eléctrico preto que espreita, conspícuo, retorcido qual rabinho de porco, por trás dos restos mortais de Luís Vaz de Camões (e também por trás dos demais que lá repousam, diga-se) e que alimenta o holofote por trás do túmulo…

Terá a ver com o conceito de obras de Santa Engrácia, resquício perturbante do conceito articulado com o prévio nome do edifício?

Que diabo, não haverá um tubinho de cola de contacto que, sem ofender os belíssimos mármores, dissimule o malvado cabinho – que, a propósito, poderia até ser branco, que os há no mercado…), para que não fique aparente, criando assim um corte horrendo e meio-chunga em todo aquele harmonioso envolvimento?
E mais do que isso: não haverá um desgraçado de um responsável-de-qualquer-coisa que tenha olhos para atentar naquilo?  
Em pleno Panteão Nacional? Ó meus amigos!…

quotidiano delirante (15)

Recebi, há pouco, de insuspeito organismo, consagrado na nossa praça, um convite para uma exposição.
Do texto do convite respigo:
Como é evidente pela organização dos elementos gráficos acima (também conhecidos como palavras), as «entradas gratuitas» apenas ocorrem aos domingos e feriados, isto é, quando aquele organismo se encontra encerrado…
Claro que não será isso o que os promotores do evento pretendem dizer… Ou será?
Mas porque será que há tantos disparates destes pululando na cidade e nas nossas vidas? Deixou de se saber o que se anda a fazer e a dizer?

quotidiano delirante (14)- ai se ele cai…

Passeando por Monchique, depara-se-nos esta placa, junto a uma passadeira para peões… Ora, aí fica uma interpretação possível: 
sítio de Monchique onde se deve passar rasteiras a deficientes… 
Como, ainda para mais, a rua não tem passeio, podemos imaginar que se trata de mais um modo inovador e oficial de abater despesas supérfluas. Tudo, claro sob o olhar tutelar da Igreja, da História e, presuma-se, com observatório para os interessados assistirem ao espectáculo.