Panteão Nacional

O Panteão Nacional, situado na zona histórica de Santa Clara, ocupa o edifício originalmente destinado para igreja de Santa Engrácia, acolhendo os túmulos de grandes vultos da história portuguesa. Fundado na 2ª metade do século XVI, o edifício foi totalmente reconstruído em finais de Seiscentos pelo arquitecto João Antunes; embora nunca chegasse a abrir ao culto, conserva, sob a cúpula moderna, o espaço majestoso da nave, animada pela decoração de mármores coloridos, característica da arquitectura barroca portuguesa. Elemento referencial no perfil da cidade e oferecendo pontos de vista privilegiados sobre a zona histórica da cidade e sobre o rio Tejo, está classificado como Monumento Nacional. – informação colhida em http://www.igespar.pt/pt/monuments/51/ da responsabilidade do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico

Pois fui-me ao Panteão Nacional, para assistir a uma inauguração de Pintura de Isabel Nunes  – http://www.isabelnunes.com/ – (A Geração de 500) -, sobre a gesta das descobertas, que lá se encontra patente e de que recomendo visita, aproveitando para colmatar uma lacuna grave nos meus périplos por Lisboa, pois a verdade é que nunca tinha, até anteontem, visitado este nosso local de referência da capital. 
Da visita nada vos direi. Recomendo-a vivamente e pronto.
Mas não pude deixar de notar, com uma mistura de incredulidade, vergonha, espanto e, convenhamos, até alguma indignação, aquele cabo eléctrico preto que espreita, conspícuo, retorcido qual rabinho de porco, por trás dos restos mortais de Luís Vaz de Camões (e também por trás dos demais que lá repousam, diga-se) e que alimenta o holofote por trás do túmulo…

Terá a ver com o conceito de obras de Santa Engrácia, resquício perturbante do conceito articulado com o prévio nome do edifício?

Que diabo, não haverá um tubinho de cola de contacto que, sem ofender os belíssimos mármores, dissimule o malvado cabinho – que, a propósito, poderia até ser branco, que os há no mercado…), para que não fique aparente, criando assim um corte horrendo e meio-chunga em todo aquele harmonioso envolvimento?
E mais do que isso: não haverá um desgraçado de um responsável-de-qualquer-coisa que tenha olhos para atentar naquilo?  
Em pleno Panteão Nacional? Ó meus amigos!…