by OrCa | Set 28, 2014 | Sem categoria |
Será, se quiserem, um exercício de imodéstia que nem me importo de assumir. Mas é, muito mais, a retribuição pelo abraço que várias amizades fizeram questão em me dar, na forma de poema, durante a sessão comemorativa das 100 Noites e que aqui faço questão de dar realce.
– de MARIA DO ROSÁRIO FREITAS:
(Na 100ª sessão, um abraço com amizade – 19 de Setembro de 2014)
Noites com poemas
Noites brilhantes
Onde o calor
Irmana da amizade
Transpõe fronteiras
Envolve
Sussurra afectos
Constrói pontes
Oferece
Magia
Poética
Opera
Encanto
Música
Arte
Sabores sonhados
– de ANA FREITAS:
(para ti, Amigo, um grande abraço – 20-09-2014)
É com muita alegria e consideração que estou aqui hoje, aliás como sempre estive, mas hoje é especial, é a sessão 100.
Sou filha das Noites com Poemas, foi aqui que iniciei a minha aventura na poesia em 2009.
E isto porque encontrei um grupo de pessoas que sempre me acolheu bem e incentivou. Sempre senti uma satisfação e orgulho enormes em pertencer a este grupo. Muito obrigada a todos.
E tudo isto porque um dia conheci Jorge Castro, um poeta e dezedor fantásticos, um comunicador por excelência que me falou das suas andanças na poesia pelo simples prazer da palavra e por levar aos outros os seus ideais, sem qualquer retorno económico. Julgo que era este mundo que eu procurava, o da partilha pela partilha. E convidou-me a vir até aqui.
Grata para sempre, Jorge Castro.
E a Jorge Castro, um amigo de convicções e de luta, dedico este meu poema Abril em mãos (24-03-2014):
demos as mão por Abril
tomemos Abril nas mãos
que as mãos que fizeram Abril
têm o sabor a pão
tantas mãos hoje abertas
inertes
dolentes
onde a liberdade não mora
por onde a esperança se esvai
fechemo-las com garra
agarrando Abril
cantando um novo sol
demos as mãos por Abril
tomemos Abril nas mãos
que as mãos que fizeram Abril
têm o sabor a pão
– de FRANCISCO JOSÉ LAMPREIA:
Semearam poemas e sorrisos durante nove anos
– Os poemas não dão votos, concluíram.
Quando estas novas chegaram os poemas secaram, os sorrisos voaram
E a Terra ficou mais triste.
– de EDUARDO MARTINS:
«Noites com Poemas», sessões cem…
E mais de cem razões para aqui estar.
Mas infelizmente, há sempre alguém,
Paa quem, melhor que resistir… é ignorar.
– de CARLOS PERES FEIO:
Amigos, afinal,
presto-te uma homenagem
companheiros na mesma margem,
deste voz ao homem e à mulher
todos somos poucos para te agradecer
– de DAVID SILVA:
«Quando as vozes não são ocas
e ão ardendo os mundos num grito
100 ainda são poucas
E para cada um nasce um mito»
– de LUÍS PERDIGÃO:
Mestre Jorge controla o tambor
Faz as palavras terem sabor
Quem sente aquilo que diz
vive sempre sempre mais faliz
– de ANA FREITAS:
um cento vivo de sessões
na bagagem poemas e afectos
pela partilha fomos
e o longe se fez perto
o tempo mais leve ficou
na voragem da vida que passou
Noites com Poemas
o futuro sem ti
seria o vazio que não queremos
– de LOURDES CALMEIRO:
Ao meu-senhor-de-mim
Por cumplicidade
Por afecto
Só por isso
e tudo mais
100 sorrisos
– de JOÃO BAPTISTA COELHO:
O mar da vida, um veleiro
vela panda em cada mastro.
Cem noites, e a tempo inteiro,
Dá-lhe o rumo… Jorge Castro!
Corolário deste afã de nove anos que não se esgotou, muito longe disso, nas sessões das Noites com Poemas, mas que se replicou e vai replicando em inúmeras manifestações a desvendar o «mistério de todas as coisas» – e que um poema é – estes companheiros de jornada porfiam, ainda, pelos amanhãs que cantam e por isso me são tão próximos. A cada um deles direi, então:
dos demais não sei
que a vida nos desgasta
sei porém que tu me deste
o que te dei
e isso me basta!
O meu abraço.
by OrCa | Ago 6, 2014 | Sem categoria |
Pois é verdade, passaremos por Cascais, no próximo dia 8 de Agosto (sexta-feira), pelas 21h30, no Bistrô, em mais uma homenagem a António Feio – e nunca serão demais… – em sessão evocativa, entre amigos e muitas cumplicidades.
Apareçam – a entrada é livre… enquanto todos coubermos, claro.
by OrCa | Nov 28, 2013 | Sem categoria |
– um outro poema de referências, como agradecimento a João Balula Cid e aos seus (nossos) amigos em sessão memorável das Noites com Poemas
as canções da nossa liberdade
são da cor das madrugadas da vida
no acaso tanta vez feito vontade
por valer uma esperança enfim cumprida
são da cor de um olhar ao mar aceso
são o brilho desse olhar na noite escura
são raiz do pensamento enfim coeso
são as mãos da paz da guerra e da aventura
as canções da nossa liberdade
são aquelas soltas no vento que passa
alvoroço contra o medo e sem idade
de haver sempre uma candeia na desgraç
uma luz algum farol o olhar ardente
essa bola entre as mãos de uma criança
que saltita alegre e viva à nossa frente
e por saber ser assim livre é cor da esperança
hão-de ser para alguns um leme inteiro
o velame que impele a nau premente
esse grito que nos rasga o nevoeiro
quando o tempo de mudança é mais urgente
as canções da nossa liberdade
são a carne viva feita de emoções
cada nota cada estrofe que em nós arde
incendeia aqui e agora os corações
a crescer entre o peito e a garganta
a valer de pena e espada que acontece
quando a noite se finou e amanhece
nesse querer voar que sempre se agiganta
na invenção do amor que nunca é tarde
inteiro e limpo
o dia que enfim canta
as canções da nossa liberdade
e por ser assim
e assim nos valer a pena
nas canções da nossa liberdade
o povo é quem mais ordena.
– poema de Jorge Castro
by OrCa | Jun 29, 2013 | Sem categoria |
Apresentando como mote Santo António está pasmado/Milagre já paga imposto, os Amigos de Lisboa promoveram um concurso de quadras alusivas, onde obtive uma Menção Honrosa com o seguinte desenvolvimento:
Santo António está pasmado:
Milagre já paga imposto
E o povo está calado…
Mas se ficar mal disposto?
– Figuras típicas das cascatas de S. João,
em imagem recolhida na casa de artesanato Memórias, na Rua das Flores, no Porto,
que podem acompanhar perfeitamente a quadra acima,
em saudável comunhão norte-sul
by OrCa | Abr 25, 2013 | Sem categoria |
estar em Abril é assim…
estar em Abril é assim
uma vontade de ser
de criar e de crescer
num tempo que é de outro modo
o tempo de criar pão
e saber ser mundo todo
sempre ao alcance da mão
estar em Abril é assim
um olhar de frente a vida
por mais que alguém o desdiga
e um desdenhar da sorte
quando se dá a passada
naquela dura jornada
em que a vida perde o norte
estar em Abril acontece
quando dentro de alguém cresce
um grito cru de esperança
e na espuma do medo
num velho muro se escreve
um poema – um cravo breve
verde e rubro de mudança
estar em Abril é bandeira
que se hasteia numa praça
quando vem lá outro alguém
que é alguém de outra maneira
e na orla da desgraça
canta contigo também
canções no vento que passa
estar em Abril é assim
sentir-te perto de mim
quando a mágoa nos afasta.
– Jorge Castro
25 de Abril de 2013
A Poesia Está Na Rua – Vieira da Silva