enquanto não tenho tempo…

… para postar algo do muito em que tenho andado envolvido, aqui deixo, a título de mero intervalo introspectivo na emissão, pois de certeza o programa seguirá dentro de momentos….

A informação não é recente, é verdade. No entanto, tenho para mim que, a ser actualizada, ainda seria pior.

É com estas certezas que percorremos os nossos incertos caminhos…

Então, e esta? Fresquinha…:

Economia (Editorial de mediacapital ) – 30 edifícios das Forças Armadas à venda
Decisão foi tomada em conselho de ministros
PorRedacção 2012-10-25 15:55 ·

Cerca de 30 edifícios das Forças Armadas, entre quartéis, terrenos e palácios, vão ficar à venda. A decisão foi tomada esta quinta-feira em conselho de ministros, visando atender às necessidades do fundo de pensões das Forças Armadas.
Ficaram ainda mandatados os ministros da Defesa Nacional, Aguiar Branco, e das Finanças, Vítor Gaspar, para «poder indicar outros imóveis» a vender.
«O mecanismo de rentabilização é a venda ou constituição de direito de superfície por hasta pública ou negociação nos termos da lei», explicou o secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Marques Guedes, em conferência de imprensa no final da reunião.
O objetivo é «gerar receita passível de colmatar as necessidades de curto prazo, que a descapitalização do Fundo de Pensões dos Militares das Forças Armadas tem vindo a evidenciar», cita a Lusa.
Questionado sobre qual é a estimativa de encaixe, Marques Guedes disse não ter conhecimento desses dados, referindo apenas que «dependerá da recetividade do próprio mercado».
Da lista, divulgada aos jornalistas, fazem parte o palácio e quinta de Caxias, em Oeiras, palácio e quinta da Alfarrobeira, Lisboa, quartel de Penafiel, quartel da Azeda de Baixo, Setúbal, quartel de Sá, Aveiro, quartel da Lapa, Figueira da Foz, prédios habitacionais e terrenos.
Recorde-se que, já em setembro, o Governo decidiu libertar Portugal de património «desactivado» em várias cidades do mundo para arrecadar 22 milhões de euros.

E, por fim, uma adivinha: qual das duas personagens gradas abaixo já tratou dos papéis para a reforma?

cerco por cerco

Recebi esta mensagem na minha caixa do correio. Dizer que o Parlamento é o bastião da democracia e, enquanto tal deve ser respeitado, é um lugar-comum. Mas ver o Parlamento SER um bastião da democracia é outra coisa. E, lamentavelmente, muito pouco comum. Assim e como o saber não ocupa lugar, aqui se divulga…
Movimentos sociais e cidadãos organizam a concentração:Cerco ao Parlamento
Objectivo é chumbar o Orçamento nas ruas no dia em que ele é apresentado na Assembleia da República e exigir a queda do governo
Dia 15 de Outubro de 2012 é a data limite para a apresentação do Orçamento de Estado para 2013. Marcámos por isso neste dia uma concentração para expressar o nosso descontentamento em relação às políticas do actual Governo e ao seu orçamento criminoso.
Opomo-nos a que o sacrifício continue a ser feito sobre os de sempre, os que trabalham, e que continue a deixar de lado o capital improdutivo, as mais valias bolsistas, os movimentos de capital, as fugas de capital para o exterior para, em vez disso, insistir na destruição do que resta do período inicial do pós 25 de Abril.
Não podemos aceitar que a destruição da economia prossiga, que quem trabalha continue a perder poder de compra, que os jovens continuem abandonar as universidades, que os mais velhos continuem a não conseguir aceder nem a comida nem a medicamentos, nem que as crianças continuem a não ter o essencial para o seu desenvolvimento. Não podemos permitir que, enquanto isso, as PPP continuem a existir e que prossiga a privatização dos bens públicos, que são de todos.
Consideramos inaceitável que a larga maioria da população continue a empobrecer para que uma minoria mantenha os seus privilégios.
Rejeitamos, principalmente, que a redução do preço na força de trabalho seja solução para a recuperação económica.
Por tudo isto, nesta 2ªfeira, às 19 horas, estaremos em S. Bento e levantaremos as nossas vozes: BASTA! FIM A ESTAS MEDIDAS HOMICIDAS! GOVERNO PARA RUA JÁ!
Conferência de Imprensa, dia 13, às 12:00, em S. Bento.
Concentração em S. Bento a partir das 18h do dia 15 de Outubro.

Para mais informações:

os limites da decência ou que raio de democracia é esta?

Um dos seguranças de Passos Coelho, no passado dia 26 de Setembro, aquando de uma visita do primeiro ministro ao Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, no interior das instalações deste estabelecimento de ensino, dirigiu-se a um estudante que teria vaiado Passos Coelho, agarrou-o por um braço, isolou-o e conduziu-o ao exterior das instalações para ser identificado pelos agentes fardados que ali se encontravam, em profusão estapafúrdia.
Pelo caminho, tentou impedir um operador de câmara da TVI de filmar esta sua atitude, tendo até ensaiado uma agressão ao repórter.
Parece que a Inspecção-Geral da Administração Interna já terá aberto um inquérito a esta tentativa de intimidação ao repórter… Mas, então, e a atitude perante o estudante, que me parece igualmente ser não menos gravosa? De que estará à espera a direcção do ISCSP para lavrar, também, o seu protesto e exigir responsabilidades à tutela por este acto desrespeitoso e indigno?
Até nos tempos salazarentos havia algum pudor ou reticência na entrada e actuação da polícia nos estabelecimentos de ensino, entendidos, tal como as igrejas, locais de alguma independência ou autonomia, chamemos-lhe assim, sacralizada.
Pelos vistos, para esta gente, isso terá sido coisa que passou à História.E assumem que, já muito fora do regime democrático em que supostamente vivemos, o País vive afinal em estado de sítio promovido, a contrario sensu, pelos nossos governantes.
Reflectindo tão-só que toda esta movimentação nas ruas se deve, em primeira instância, ao profundo e mais do que legítimo descontentamento que grassa por Portugal fora, mas que foi a inépcia não inocente do governo de Passos Coelho através da aberração da TSU e demais declarações avulsas que, como causa próxima, atiraram os descontentes para a rua, massivamente, em desepero e numa unidade de acção de dimensões porventura pouco imagináveis pelos senhores do «arco do poder», fica-me a sensação desconfortável de que tudo isto estará a ser orquestrado.
Ora, como nada acontece por acaso, parece-me claro, também, que o tempo deste governo acabou, sob pena de consistir ele no principal e determinante fautor de instabilidade e criador de conflituosidade social.
E depois dele? Ora, novas políticas, claro…

NOTA PÓS-POUCA VERGONHA – O presidente do ISCSP, Manuel Meirinho, por acaso cabeça de lista pelo PSD, na Guarda, nas últimas eleições legislativas anunciou um inquérito disciplinar ao aluno que vaiou o primeiro ministro Passos Coelho!

E está concluído o círculo da prepotência. Este fulano que devia, em primeira instância – isto, claro, se tivesse alguma coisa parecida com coluna vertebral… – pugnado pela dignidade e independência da instituição a que preside, faz exactamente o que o patrão espera dele: senta-se, agita a cauda e move um inquérito ao estudante, alegadamente porque há um código de conduta naquela universidade.

E esse «código de conduta» não lhe recomenda, antes de mais, que preserve a invasão da instituição que está à sua guarda dos desmandos intrusivos da «polícia», seja ela qual for? Efectivamente, há muita maçã podre neste cabaz de burgessos.

mais, não!

Depois de tudo quanto foi dito e de quanto mais se possa vir a dizer, aqui se declara que este cidadão considera que o actual governo perdeu a legitimadade para a governação do País – do qual, aliás, apenas uma parte relativamente pouco significativa do eleitorado o terá eleito – e que deve apresentar imediata demissão. A bem ou empurrado…
Talvez não fosse má ideia, entretanto, perante os resultados que nos vêm sendo apresentados de há mais de vinte anos a esta parte, que o próximo elenco governamental fosse contratado através de anúncio em jornal da especialidade – que os há em profusão -, com contrato a termo e manutenção mediante bom cumprimento de objectivos pré-definidos.
Ah… poderia ser um governo de iniciativa presidencial, já agora, para lhe conferir alguma credibilidade. E à Assembleia da República competiria, em coordenação com o senhor presidente da República, a fiscalização da actividade governativa.
Tenho a certeza de que, em termos de sensibilidade social, nada ficaria a dever a estes que temos tido e que, aparentemente, do conceito de nação apenas guardam o preceito do «venha-a-nós-o-vosso-reino» .