Sendo este um espaço de marés, a inconstância delas reflectirá a intranquilidade do mundo.
Ficar-nos-á este imperativo de respirar o ar em grandes golfadas.
o CM tão rasteiro quão rasteiro se pode ser…
Portugal (acróstico)
Por mares nunca dantes navegados
Ou porque tudo nele são sulcos já trilhados
Remos que nas ondas deixam rastos
Tantos como os braços e as velas e os mastros
Uns que apontam para os astros outros fundos
Guiados por se crer haver mais mundos
Além deste em que se pena e desespera
Lá ao longe há um futuro à nossa espera.
razão para viver
Paris, 13 de Novembro de 2015
não há céu nem mar
nem tanto azul
nesse tanto sangue rubro derramado
nem nos fica tanto assim
lá para o sul
a urgência do saber ser solidário
é tão rubro e é tanto o sangramento
desse jovem que estilhaços dilaceram
que o horizonte todo ele se avermelha
e inflama um olhar tão sempre à espera
e o sangue é igual nessa corrente
sem ter cor de pele
nem rosto
nem idade
e é um rio
que se espraia numa rua
qu’inda há pouco era o centro da cidade
é um rio
cujas margens em vertigem
nos fazem soar ao longe
na nascente
de Brecht
um poema recorrente:
Do rio que tudo arrasta se diz que é violento.
Mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem
mas nem tudo é sempre igual
que tudo muda
só nos resta perceber
o que é diferente…
mais do que nunca
Liberdade
Igualdade
Fraternidade
um ligeiríssimo contributo…
Tanta dor, senhor doutor…!
O apego cego e tão pouco democrático ao poder, o argumentário, que de tão contraditório é esquizofrénico, a raiva incontida que desce, com frequência, ao insulto político ao nível de disputa entre vizinhas histéricas, a futurologia catastrófica… que dizer mais de quantos notabilíssimos comentadores da chamada direita portuguesa arrepelam os cabelos, por estes dias, qual coro dos aflitos de novo tipo, em face de uma possível modificação das passadas a que o baile mandado do sacrossanto «arco da governação» nos habituou?
fui, foste, fomos a Óbidos
ao FÓLIO, na Casa dos Poetas com a Ler Devagar
sugestão/convite – FOLIO, em Óbidos
pequeno apontamento…
A verdade é que se gostamos de dizer que o mundo é feito de mudança e que só assim ele pula e avança, será bom pensarmos no como, no quando e no porquê.

















































