dias com poemas e entre amigos

Começou-se cedo, logo pela sexta-feira, dia 20 de Março, a comemorar o Dia Mundial da Poesia. O local: a Escola B+1 (… que raio de denominação…) da Parede, com a professora Leonor a propor artes de sementeiras poéticas a alunos e encarregados de educação.
Numa sala muito bem preenchida – que razões de reserva me aconselham a não apresentar – quatro amigos transformaram essa plataforma de entendimento em poemas ao alcance de todos e, tanto quanto a imodéstia recomende, com um muito bom acolhimento por parte da assistência.
Uma palavra de intenso aplauso para o trabalho em prol do livro e da palavra escrita, patente em muito interessante exposição na Ludobiblioteca desta Escola, graças ao empenho e carolice que grande parte dos «responsáveis» pela Educação em Portugal fazem questão de ignorar.  

– A senhora professora Nonô.

– Eduardo Martins

– Carlos Peres Feio

– Francisco José Lampreia

– Jorge Castro
Depois, no dia 21, no Hotel Vila Galé, em Paço de Arcos, com a apresentação da colectânea de poemas sobre ciência, O Bosão do João – com edição da By the Book (www.bythebook.pt) -, da autoria de Rui Malhó e apoio, para esta sessão,  da EMACO – Espaço e Memória Associação Cultural de Oeiras, outro naipe de afectos entreteve, divulgando a poesia de autores de língua portuguesa, uma vasta plateia em cenário sobremaneira propício a tal actividade.

– Ana de Albuquerque (By the Book)

– Rui Malhó

– Fernando Catarino

– Rui Farinha

– Jorge Castro

 – fotografias de Lourdes Calmeiro

sugestão/convite
o Bosão do João
colectânea de poemas organizada por Rui Malhó

Dia Mundial da Poesia, pelas 18h30, no Hotel Vila Galé, em Paço de Arcos

Rui Malhó organizou a criteriosa colectânea – O Bosão do João (edição de By The Book)- que vos é proposta neste evento. Contaremos com o apoio da EMACO – Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras.
Para além de Rui Malhó, também Fernando Catarino dará mais cor a esta apresentação e, enfim, à própria Primavera que se comemora.
Rui Farinha e Jorge Castro emprestarão a sua voz a vários dos poetas documentados nesta colectânea.  
Entrada livre. Nós lá estaremos, claro, contando sempre convosco.

congresso da Cidadania
– Rutura e Utopia para a Próxima
Revolução Democrática (III)
– ai, nós…!

Podem dizer-me o que quiserem.
Podem, até, chamar-me, em voz alta ou em surdina, paranóico,
conspirativomaníaco, criptoparvo, etc., etc., etc.. Mas, como saberão, depois
de ter estado presente no Congresso da Cidadania – Rutura e Utopia
para a Próxima Revolução Democrática
, promovido pela Associação 25 de Abril, nos passados
dias 13 e 14 de Março, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, perante os
factos, ocorre-me esta gritante reflexão, com considerandos à ilharga:
– Salas sempre bem preenchidas,
quando não repletas; personalidades de reconhecida craveira sócio-política, se
quiserem; miríade de temas da maior actualidade, tratados, de um modo geral,
com excelência e elevação; organização impecável, nomeadamente com um
cumprimento muito rigoroso de horários; presença de vários potenciais
candidatos à Presidência da República; e…
Nada nas televisões, nada (ou
quase) nos jornais, muitíssimo pouco nas rádios… e, uma vez mais, um País
inteiro vê passar-lhe ao lado, em alegre pasmaceira, o seu próprio futuro e,
afinal, a sua própria vida. Jornalistas? Nã! Para quê? Parece que já só existem
dois ou três e estavam ocupados com a bola. E querem convencer-me de que este
silêncio não é orquestrado? Oh-oh, uma verdadeira orquestra silenciosa,
promovida pelos do costume… que não se sabe muito bem quem sejam, ainda que possamos
ter uma vaga ideia.
Para mais, tudo esquerdalhos,
aqueles gajos! Então e o 25 de Abril de 1974, pá? Pois, já lá vão quase 41 anos…! Estamos a ficar velhos, pá. Então, e os novos…? Também estão a ficar velhos, pá… 
Desinteressados, abúlicos,
obnóxios, lá vamos, (outra vez) cantando e rindo… Invejosos dos gregos,
temerosos dos espanhóis. Pois se ele há a praia, com este sol todo e o Portugal
no coração ou no fígado ou, até, na bexiga, de tanta cevejola, tanta menina com
a perninha a dar-a-dar e a transcendência das casas sem segredos, ralar-se um
homem com estas coisas sérias e chatas, balhamadeus…!
O Passos esquece-se,
lamentavelmente, embora, o Portas desirrevoga e o presidente nem pio, lá se diz. O próprio António nunca mais dá à costa. A justiça injustiça. A saúde adoece. A educação desaprende. A habitação não
mora lá, tal como a antiga Alice. O estado não está, pelo menos connosco,
ocupado que anda com os amigos da «alta» finança. E por aí fora.
O IMI sobe 40%?!? Ó, caraças…!
Ah, não, afinal são «só» 6,3%. Chiça, estou muito mais descansado…
Da carteira, dir-se-á, ou talvez não e não só. E assistimos,
mudos, quedos, impávidos e serenos à destruição do futuro em agonias do
presente, mas com jeitinho, a par e passos. A par da alienação e a passos
perdidos.

E o presidente nem pio!

congresso Cidadania
Rutura e Utopia para a Próxima
Revolução Democrática (II)

Sem mais palavras, mas apenas com o meu atestado relativamente à muito alta qualidade das participações da imensa maioria dos intervenientes, aqui fica para uma (muito insuficiente) memória futura, alguns dos «cromos» a cujas participações assisti com elevado interesse e agrado.
Todas as personagens são conhecidas, pelo que nem coloco os nomes. Entretenham-se vocês a preencher os respectivos nomes nesta caderneta…
E para quem tenha alguma dúvida acerca da existência de alternativas de futuro para este País à beira-mar espoliado, aqui fica também a minha pena por não terem assistido a este Congresso promovido pela Associação 25 de Abril, onde ficaram claramente explanadas muitas das vias para a construção desse outro futuro, longe da apagada e vil tristeza em que estamos imersos. 
E não me venham dizer que são as caras do costume. Acostumados por demais estamos nós às caras que nos desgovernam há tantos anos. 

  
Permitam-me, apenas, respigar um verso do meu livro 
que se me depara muito a propósito sobre quanto aqui se passou:
– a voz do impossível somos nós.

– fotografias de Lourdes Calmeiro e de Jorge Castro

congresso Cidadania
Rutura e Utopia para a Próxima
Revolução Democrática (I)

Decorre hoje e amanhã, na Fundação Calouste Gulbenkian, promovido pela Associação 25 de Abril e no encerramento das comemorações dos 40 anos do 25 de Abril de 1974,
o Congresso Cidadania – Rotura e Utopia para a Próxima Revolução Democrática

Aqui fica o programa, de conteúdos muito relevantes, com os diversos painéis que integram este Congresso e onde me incluo. 

Não posso deixar de me sentir gratificado pela excelente companhia com que contei, num auditório muito confortavelmente  preenchido…

… ainda para mais contando eu com o lançamento, em pleno Congresso, do meu livro
 Abril – Um Modo de Ser, que conta com o apoio 
da Associação 25 de Abril e  da Espaço e Memória – Associação Cultural de Oeiras

 capa
contracapa
25+1 poemas e outras tantas fotografias por mim obtidas nesse dia inteiro e limpo, a que acresce a indizível sensação de ter esse livro sido graficamente concebido pelo meu filho, Alexandre Castro, acompanhado por Cristiana Fertuzinhos, com uma original e arrojada composição.

Para quem possa interessar, amanhã ainda é dia e os trabalhos têm-se desenvolvido magnificamente.
Pois é… como se diz, esta também já ninguém ma tira! 
E, em boa verdade, a bem da nação democrática! 
– fotografias de Lourdes Calmeiro