Se não for pela memória dos mortos, que seja pela dignificação dos vivos.
Jardim sairá vencedor de mais esta jogada, como sempre, agora ajudado pela complacência criada face ao horror do desastre. Mas interessa saber que o anúncio da desgraça estava feito pelos tais académicos que ele tanto rebaixa, sem aparente contradição, pois que a esta gentinha – fala-se de Jardins e quejandos, claro – o saber sempre incomoda e sempre, também, arranjam artes e manhas de criar convenientes acólitos, especializados em anestesias de opinião.
Como primeiro responsável por aquela região de Portugal, sobre ele recaem as responsabilidades todas de ter sabido e ter ignorado os avisos com aquela sobranceria bacoca e aldrabona que lhe é conhecida e que, agora, após os factos consumados, quer fazer reverter sobre tudo e sobre todos – quem sabe sobre as próprias divindades que regulam as tormentas…