Eu, por acaso, cada vez percebo menos de tudo, aproximando-me, a passadas largas, do estadio do só sei que nada sei.
Mas a cena da divulgação dos dados dos elementos alegadamente russos que organizaram uma manifestação legal, em Portugal, não será, entre muitas outras coisas, uma grosseira violação à legislação da protecção de dados?
Ah, pois, claro… a legislação só obriga os cidadãos. As instituições são superiores a essas minudências.
Dia 10 de Junho, ainda versejando a propósito:
tão grandioso e medonho
um Portugal adiado
que o Sol a meio eclipse
deu lugar e vez ao sonho
e em jeito de apocalipse
foi brilhar para outro lado…
Pedimos desculpa por esta interrupção da capacidade de raciocinar. Portugal segue dentro de momentos.
Atenção aos incautos: aproxima-se aí uma vaga de patrioteirismo futebolístico que pode causar danos cerebrais irreversíveis.
Tente manter o seu cérebro em actividade autónoma… nem que seja só durante os intervalos dos jogos.
Pequeno conto tão ficcionado que até parece verdade, mas não é:
Funcionário de uma câmara municipal em modo queixinhas e com problemas de afirmação:
«- Oh, sotor, aquele menino diz que o sotor anda a bater nos meninos…»
O pai do menino funcionário diz que se trata de uma atitude errada e, para castigo, vai nomeá-lo para um cargo qualquer de direcção de qualquer coisa. E o pimpolho acabou por ser nomeado director de turma.
Assim se reconhecem e punem os erros úteis, a bem desta e de outras «nações».