Pela mão do meu amigo João Paulo Oliveira, recebi hoje uma notícia chocante: a palavra PRESIDENTA existe!
Do acanhamento pela ignorância, passando pela estupefacção e desaguando na humildade, os meus ouvidos estremeceram.
Então, aquilo não era só um «feminismo» da Dilma Rousseff?
Pelos vistos e, consultando a Wikipédia, podemos confirmar: «A norma culta da língua portuguesa aceita as duas grafias – presidente e presidenta – como corretas e aceitáveis. Ainda em 1889, o Novo Dicionário da Língua Portuguesa de Cândido de Figueiredo utiliza o termo “presidenta” significando mulher que preside e outros dicionários também o seguem; por exemplo, de acordo com o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, “presidenta” é o feminino de presidente, embora seja menos usual. Já o Dicionário Aurélio afirma que a palavra pode ser usada no masculino e feminino, apontando “presidenta” como “esposa do presidente” ou “mulher que preside”. O Moderno Dicionário da Língua Portuguesa Michaelis e o Dicionário Brasileiro Globo também atribuem a mesma significação que o dicionário Aurélio.»
No seguimento, apurei nos quatro dicionários – ou pai dos burros, como o meu pai lhe chamava – que existem cá por casa, do Houaiss ao Dicionário Prático Ilustrado da Lello… e a informação é unânime e concordante.
Em boa verdade, nunca podemos ter a pretensão de saber tudo… Tanto mais que, por exemplo, não existe o feminino de ESTUDANTE ou de vários outras palavras com a mesma ou idêntica terminação (descendente, ascendente, intendente, etc., etc.).
Será, pois, um dos muitos particularismos, chamemos-lhe assim, da Língua Portuguesa. Sendo certo, entretanto, que utilizar o termo PRESIDENTE referido a homem ou mulher, também não será incorrecto.
Aqui fica o apontamento, para minha e vossa salvaguarda, para além de diatribes ideológicas ou outros conceitos estranhos à nossa Língua-Mãe.