Uma coisa assim, se calhar, de origem celta ou nem tanto, cultivada na Irlanda e Grã-Bretanha a partir de 600 ou 800 d.C. e exportada para os States, que lhe arrefinfaram o seu cunho peculiar e espaventoso, como é seu hábito, é reintroduzida na Europa por submissão despudorada à cultura anglo-saxónica, sem que haja um pingo de convergência cultural connosco… Faz sentido?

Ah, e houve muito bom professor(a) de Inglês que, à míngua de mais originalidade, teve por cá grandes responsabilidades na disseminação da praga. É que podia ter-lhes dado para a divulgação dos nossos cabeçudos, por exemplo. Mas não… E porquê? Ora, porque os cabeçudos não falam inglês.

Aliás, constou-me que, em Inglaterra, esta festarola era utilizada para que os protestantes pudessem sacanear os católicos sob o pretexto de que era tudo uma brincadeira… Ainda faz, por esta via e no que nos diz respeito, tão católicos apostólicos romanos que dizemos ser, mais sentido, como é óbvio!

Depois, como se disse, foi levada para os Estados Unidos pelos emigrantes que, aparentemente, no intervalo de limpar o sebo aos autóctones, tiveram artes de escavacar umas abóboras, com muitas fatiota alusiva associada e comércio à mistura, tendo resultado nesta coisa obscura que é… o Halloween, ou Dia das Bruxas, como dizem por cá para disfarçar.

Já agora, experimente-se perguntar a algum festarolês o que é que ele está a celebrar, só por graça.

Já para não referir que celebrar alguma coisa através do desperdício de comida, sempre me pareceu, no mundo em que vivemos, vá lá, estúpido.

São coisas destas que me fazem, de vez em quando, sentir o peso da idade…