(Cansado, muito cansado com o matraqueamento viral a que vimos estando sujeitos, dei por mim a escrever disparates, que é uma terapia de equilíbrio mental que muito prezo e muito me ajuda a sobreviver…)
– para ser cantarolado com a popular modinha Meninas, vamos ao vira…
meninos
vamos ao vírus
ai
que o vírus anda em Lisboa
constou-me que já o viram
ai
às voltas pl’a Madragoa
os vírus são giros
estão cá p’ra ficar
apanhamos vírus
que eles andam no ar
umas vezes dados
sem pedir ninguém
outras emprestados
por meio vintém
se me espirras para cima
ó ai
vais dar comigo em doente
espirra então para o ar
ó ai
que contaminas mais gente
uns tipos matreiros
outros folgazões
poucos verdadeiros
muitos aldrabões
maldições, desgraças
e males de pasmar
que por mais que faças
vais ter de apanhar
não me digas que é de Marte
ó ai
que nos vem a virulência
vais ver que é daquela parte
ó ai
onde falece a ciência
são vírus de porcos
de vacas também
e o das avezinhas
não poupa ninguém
fico duvidoso
de tanta maleita
parece que o demo
anda à minha espreita
e no fim de tudo
iremos morrer
se não for do vírus
é por ter de ser!
Pum, pum…!
– Jorge Castro, em 04 de Março de 2020
Genial, carais!