– Em 2017 morreram mais de cem pessoas, em Portugal,
devido aos incêndios
há um horizonte rasgado em chamas
e um chão lavrado em lágrimas
há um clarão de noite falsa
e uma escuridão que o Sol não abre
há este torpor
esta modorra
de não saber porque se morra
assim
sem pressentir um alguém
que nos socorra
há este sangue a jorrar de forma inútil
em tons de cinza
e tanta angústia
há um pavor de fugir por ter de ser
e um terror só por ficar
e assim morrer
e cada árvore endémica
ou estrangeira
lança a estridência da seiva ardida
contra as nossas consciências permissivas
desatentas
e aborrecidas
com tanta ardência
num céu que se imaginara azul…
– Jorge Castro
17 de Outubro de 2017
Meu caro Jorge,
depois de larga ausência voltei aos comentários
reabri a minha janela e passo a frequentar com maior assiduidade os blogs de minha eleição
este poema que desejaria eu ter escrito, gostava de publica no meu blog
naturalmente com teu nome. espero apenas a tua permissão
caloroso abraço
Meu caro Herético,
Claro que sim! Evidentemente que sim! Apenas um percalço técnico complicado me impediu de te responder atempadamente. Mas, sim! Claro que sim!
A FULANA DISSE-ME PARA VIR AQUI SABER SE V.EXA SE TEM PORTADO BEM. O QUE QUER QUE LHE DIGA ?
Seja lá isso o que for, que sim. Responda que sim. Mas também que não. Sabe, tem dias…