um voo termina onde menos se espera
num recanto sem nome
na calçada-quimera
entre um desalento e um tempo perdido
um tempo de mágoa de vidro partido
um voo sem nome 
e o tempo não pára
nem o tempo mora em recanto perdido
nem o tempo espera calçada-quimera
nem as mãos cerradas de quem desespera

– Fotografia e poema de Jorge Castro