tanta vez a ausência nos
atarda
atarda
na imensa desmesura de algum
dia
dia
e esse dia – que é tão nosso
– se abastarda
– se abastarda
entre o ser e o não ser que se enfastia
um afecto tanta vez
desperdiçado
desperdiçado
um juízo artifício da razão
um abraço de punhal
amortalhado
amortalhado
que cravamos numas costas de
feição
feição
e vivemos muito pouco assim
perdendo
perdendo
duma vida inteira o que o tempo
perdeu
perdeu
e corremos em redor não
percebendo
percebendo
que outro dia já lá vem e o sol
nasceu…
– Jorge Castro
JORGE CASTRO
Caríssimo,
tanta vez a ausência nos atarda
que esquecemos do que é feito o que cresceu
Abraço
Jaime Latino Ferreira
Estoril, 24 de FRevereiro de 2016
… mesmo com o sol escondido de trás das nuvens, a gente sabe que está lá.
Abre aço!
Há luz na sombra das pontes
Abraço
meu caro Jorge,
permite-me que diga o seguinte (que sabes por amizade)
a poesia é o teu natural "múnus"…
esquece tudo o mais.
abraço