… que amanhã se comemora. Sempre coincidente com a celebração solsticial de inverno, 
que se quer feita de eterno retorno  mas sempre em espiral de esperança. 

Cá estamos e estaremos. Com os votos de um excelente e esperançoso 2016, 
aqui vos deixo um poema:
tanta vez a ausência nos atarda 
na imensa desmesura de algum dia 
e esse dia – que é tão nosso – se abastarda 
entre o ser e o não ser que se enfastia 
um afecto feito já grande pecado 
um juízo desperdício da razão 
um abraço de punhal amortalhado 
que cravamos numas costas de feição 
e vivemos muito pouco assim perdendo 
duma vida inteira o tempo precioso 
e corremos em redor não percebendo 
que outro dia já nasceu de sol radioso…
– Jorge Castro 
Dez. 2015


– fotos de Jorge Castro