Com que então, adeus e até 2035? Valha-nos a todos um gato esfolado, até ele miar… E o Dia Mundial da Poesia que já lá vem…
é dia da poesia
meus senhores quanta alegria
traz calor aos corações
e às unhas dos pés também
se chaminés de aflições
fumegam como convém
os dias são de maleitas
presentes mais que imperfeitas
e nós cá vamos ficando
mas as veredas estreitas
nem permitem que correndo
mas apenas vegetando
e assim lá vamos andando
sem sabermos os porquês
nem sabermos até quando
gratos a vossas mercês
se não morrermos de vez
no viver em lume brando
à proa – à proa gajeiro
vê lá se chegas primeiro
se te ajeitas em trepando
que nós voando baixinho
damos jeitos ao jeitinho
nos jeitos que vão calhando
é dia de poesia
meus senhores que bizarria
soltar o estro na praça
quanto menos se estremeça
menor será a desgraça
ou talvez nem aconteça
assim somos nós senhores
no mundo todo maiores
se menores não mais houvera
pioneiros seniores
damos ao mundo os melhores
e damos milho à quimera
esta quimera de pombos
que transportamos aos tombos
num pombal feito enxovia
onde se arvoram penachos
destinados aos borrachos
tendo cartas de alforria
houve uma ilha de amores
que premiou destemores
de quem ao mar fez caretas
hoje fazemos negaças
chiquelinas e umas tretas
em carnaval sem caraças
meu Portugal terra amada
sem saber porquê sem nada
que nos traga um acalanto
e eu pr’àqui sem saber
deste morrer-se a viver
o porquê de tanto pranto
é dia de poesia
meus senhores e esta azia
que não sai do meu caminho
neste meu país de espanto
p’ra ter por nação meu ninho
quanto eu dou… daria quanto…
– Jorge Castro
Já me conheces
Mas não me vês.
Já me sentistes,
Palavras minhas que lês.
Talvez eu nem seja tanto,
Decerto nem serei nada,
Diante de teus versos…
A refleti-los, hipnotizada.
Não uso vocábulos como os teus,
Tampouco navego pelos teus mares,
Mas isso será algum óbice,
Para amizades se entrelançarem?
Se tu usas das palavras
Para afogares teus clamores…
Deixa-me dizer-te uma verdade:
Nem sabes, talvez,
Mas elas falam de amores.
P.S. Bem, isso foi de improviso,nem rascunho fiz. Foi neste instante, após vasculhar teu blog.
Errata: onde se lê"entrelançarem",Leia-se:entrelaçarem
Já me conheces
Mas não me vês.
Já me sentistes,
Palavras minhas que lês.
Talvez eu nem seja tanto,
Decerto nem serei nada,
Diante de teus versos…
A refleti-los, hipnotizada.
Não uso vocábulos como os teus,
Tampouco navego pelos teus mares,
Mas isso será algum óbice,
Para amizades se entrelaçarem?
Se tu usas das palavras
Para afogares teus clamores…
Deixa-me dizer-te uma verdade:
Nem sabes, talvez,
Mas elas falam de amores.
Olá, Chama a Mamãe! Para aqui fico, enlevado com tal enlevo. É sempre muito bom sermos ouvidos… E, então, se somos «reflectidos» como o fizeste, enfim, fecha-se o arco do arco-íris.
Foi bom ter-te por aqui.
E, sim, mesmo avinagradas, creio que as minhas palavras falam sempre de amores. ;-)»
Ora, nem tudo que é avinagrado dura para sempre. E sempre haverá esse espetáculo da Natureza…quando o sol brilha sobre gotas de chuva, fechando o arco do arco-íris.Da mesma forma, o Homem jamais se distanciará do belo, ainda que teime em dizer que sim.
Vir "aqui" foi uma honra.
gerúndia a poesia?
ora aí tens a resposta (que não a minha)- a poesia rima!
abraço, meu caro.
Importa que se reme, mesmo sem a rima, rio adentro.