No próximo dia 21 de Dezembro (sexta-feira), pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana, teremos, de novo, como convidada Deana Barroqueiro que, cumprindo o que já nos prometera em Maio do corrente ano, nos traz e seu Corsário dos Sete Mares – Fernão Mendes Pinto, com edição da Casa das Letras (grupo Leya), porventura agora com outras vivências, passado que foi o Cabo das Tormentas do processo de investigação e criativo e aportando já ao Porto Salvo da obra publicada.
Como elemento estimulante, deixo-vos uma sinopse da obra:
Fernão Mendes Pinto é o exemplo vivo do aventureiro português do século XVI, que embarcava para o Oriente com o fito de enriquecer. Curioso, inteligente, ardiloso e hábil, capaz de todas as manhas para sobreviver, vai tornar-se num homem dos sete ofícios, sendo embaixador, mercador, médico, mercenário, marinheiro, descobridor e corsário dos sete mares – Roxo, da Arábia, Samatra, China, Japão, Java e Sião – por onde, durante vinte anos, navegou e naufragou, ganhou e perdeu verdadeiros tesouros, fez-se senhor e escravo, amou e foi amado, temido e odiado. Herói polémico e marginalizado, Fernão participa em campanhas de paz e guerra, da Etiópia à China, sendo também um dos primeiros portugueses a visitar o Japão, onde introduz os mosquetes ali desconhecidos e fica nas crónicas locais como o noivo do primeiro matrimónio de uma japonesa com um ocidental. Através de Fernão Mendes Pinto e dos testemunhos das personagens com quem se cruza, na sua peregrinação pelo Oriente longínquo, a autora faz ainda a narrativa dos principais episódios da grande saga dos Descobrimentos Portugueses, como as conquistas de Goa e Malaca, o heróico cerco de Diu ou as campanhas do Preste João na Etiópia. Em sete mares se divide o romance, por onde o leitor, na pele das personagens, fará uma intrigante viagem no Tempo, ao encontro de si próprio e de mundos e povos antigos, tão diferentes e ao mesmo tempo tão semelhantes, uma peregrinação na busca incessante de fortuna, encarnada na demanda da mítica Ilha do Ouro.
Neste País tão conturbado entre «navegações à vista» e naus sem leme, decerto este é um vento de feição que nos faz regressar a outos conceitos de identidade e afirmação. E, por favor, não me digam que isto não é poético!
Cá vos esperamos, a caminho do Natal, símbolo ainda de eternos recomeços ou de novos ciclos de vida. Integremos, então, esta nossa sessão nas festividades solsticiais… e afoitemo-nos a navegar.