Fui convidado para, no Dia dos Museus (19 de Maio), organizar uma sessão de poemas com sabor a maresia no esplêndido cenário do Farol de Santa Marta, em Cascais, como pretexto de inauguração de uma exposição com o mesmo título.

O cenário, na verdade, não poderia ser mais inspirador. Não o perca, pois, quem se afoite a um curto passeio a pé, logo depois da marina de Cascais. Vá com tempo e com olhos de ver; deixe-se invadir pela quietude da beira-mar, solte cabelos ao vento e apure algum sentido para a vida.  

– escadaria interior do farol

– vista para norte

– a marina e a costa do concelho de Cascais

– naquela direcção rumaram as naus de quinhentos

A gratificação que nos chega quando nos vermos expostos por alguma obra feita. No caso, com o poema Ser-se Mar, entretanto musicado pelo grupo Nem Truz nem Muz  (vejam aqui: http://www.inforarte.com/nemtruz/)
e interpretado por Amélia Janes, em cd muito recentemente publicado. 

Sandra Santos, a responsável por aquele espaço, dá as boas vindas à assistência e ao grupo de poetas que se disponibilizou, correspondendo ao meu convite. 

Recorrendo a esse «ser imaterial» mas, ainda assim, tão concreto e definido como outra coisa qualquer, que é o grupo das Noites com Poemas, arrostando com duvidas climatéricas – que São Pedro não facilitou garantias –  lá deixámos que o mar invadisse as nossas palavras… 

– Ana Freitas

– Carlos Peres Feio

– David José Silva

– Eduardo Martins

– Maria Francília Pinheiro

– Estefânia Estevens e Francisco José Lampreia

– João Baptista Coelho

– Luís Perdigão

– Maria Maya

– Verde com Sol&Lua (Ana Patacho e José Proença)

– Isabel Figueiredo, que nos trouxe em clara voz do fado, as palavras de grandes poetas e o encanto dos grandes temas…
Uma boa gestão do tempo permitia-nos uma segunda ronda… que não estava a ser bem acompanhada por uma ameaça, logo concretizada, de uma chuvinha maçadora, que nos transportou, afinal, para um «plano B», com espaço previsto para inconstâncias meteorológicas. O avanço para o novo cenário fez-se tranquilamente, não se tendo registado desistências na assistência, o que é sempre muito gratificante. 

 

No final e após uma missão bem cumprida, a fotografia da equipagem, onde apenas quero destacar a ausência de João Baptista Coelho, por não ter eu tido oportunidade de o avisar a tempo e, como sempre pressuroso, já ter ele metido pés ao caminho, bem como a das «fotógrafas oficiais», por razões de desempenho da sua nobre função: Lourdes Calmeiro e Lídia Castro.   

– fotografias de Lourdes Calmeiro e de Lídia Castro