Imagem vista, mais do que vista, nem especialmente bem enquadrada… enfim, o clássico efeito fácil do pôr-do-sol romântico à brava, de casalinho na falésia, à espreita de horizontes e – quem sabe? – do raio verde, esse derradeiro estremecer do Sol que garante a felicidade a quem o conseguir lobrigar.
E, ainda assim, um modo liminarmente eficaz de combater a crise. Experimentem por aí, nalguma falésia perto de cada um. E mesmo que as valsas da sorte não vos tenham colocado companhia nos braços, entreguem-se por momentos à contemplação do universo, naquilo que ele nos oferece sem querer nada em troca.
Remédio infalível para nos darmos conta da nossa infinita pequenez e, a um tempo, da grandeza da vida que temos entre mãos. E é na percepção destas grandezas aparentemente antagónicas, mas tão ao nosso alcance, que o dia acaba por se cumprir gloriosamente. Verão que até se respira melhor…