– cartaz de Alexandre Castro – 
Direis que tudo isto que irei dizer já foi dito, ouvido, revisto e, porventura, arquivado… Mas quem sabe em que beco esconso se ocultará, hoje, aquele casal que inventava o amor nos idos de 60? Porque há coisas que atravessam o tempo, cumprindo ciclos de esquecimento mas, ao mesmo tempo, de permanente renovação.
É assim, também, o sonho, essa «constante da vida, tão concreta e definida como outra coisa qualquer» no poema de António Gedeão a que Manuel Freire um dia deu voz e inscreveram ambos, assim, para sempre – pelo menos enquanto a tanto chegar a memória colectiva alertada por algum bardo inquieto e incómodo -, entranhadas na nossa pele como algo identitário, as palavras tão leves quanto leve brisa mas contendo em si o peso do universo.
No próximo dia 16 de Setembro de 2011 (sexta-feira), pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Cascais, em São Domingos de Rana, teremos, então, como convidado Manuel Freire. Vai trazer-nos, neste tempo adverso, Versos com Reverso.
E mais não vos direi, pois que adiantaria ao mundo e ao Manuel mais alguma louvaminha? Não, senhores. A ele interessa dar voz e ouvi-lo. Teremos essa oportunidade na data anunciada.
Esperamos por todos, claro… E, tal como vai correndo o mundo, todos poderemos não ser demais.
Até lá, um abraço.
Jorge Castro