Tema polémico, controverso, apaixonante, perturbada a sua análise objectiva pelo fluir dos dias e absorção de saberes, ainda assim objecto de permanente demanda, como se de outro sagrado cálice se tratasse, este foi o desafio com que nos brindou…
… Helena Vasconcelos propondo-nos a redescoberta do prazer da fantasia através da sua visão sobre a obra de diversos autores que retrataram, cada um a seu modo, esse «fenómeno» estranho…
… que nos ocorre a todos durante escasso período da nossa vida e que tendemos a esquecer, por vezes tão intensamente que de alguns nos parece nunca terem por lá passado.
Contamos com uma audiência interessada e participativa, correspondendo também cada um a seu modo ao exercício evocativo proposto.
Seguiu-se a ronda habitual de poetas e de poemas. E uma vez mais, como sempre, é digna de menção destacada a perseverança participativa de quantos se atrevem a dar o passo em frente nesse exercício de tão grande exposição mas, ao mesmo tempo, de tão grande partilha que é a leitura de um poema.
Habitual será ela, ainda que sempre novos autores nos surjam em cada Noite de Poemas, como foi o caso de Irene Cardona e de Isabel Maia; novos poemas, novas sensibilidades, em salutar e livre exercício de ser e de estar cuja diversidade é elemento de grande estímulo e, também ela, fonte de inspiração.
– Fotografias da autoria de Lídia Castro e de Lourdes Calmeiro