– Carlos Pedro (cápê) – autor de Antes Abril Depois e de Ó Simpático, Vai Um Tirinho?
– Miss Joana Well – com o lançamento do seu livro Brinquedo de Estranhos, Marioneta de Sonhos (edição da Apenas Livros)
– Paulo Moura (que apresentou Miss Joana Well)
Numa sala uma vez mais excelentemente preenchida – e em smultâneo com um debate muito pouco poético que decorria longe dos interesses reais dos eleitores, dir-se-ia…
… teve lugar a 64ª edição das nossas Noites com Poemas, desta feita com marca distintiva de um conspícuo círculo vermelho pendurado na paisagem, apenas como alerta de que palavras e conceitos se soltariam sem entraves de enfadonhos e desajustados moralismos.
Coube-me iniciar a sessão com a apresentação dos livros do cápê acima referidos, com destaque para o Ó Simpáatico, Vai um Tirinho? Tarefa fácil porquanto me recorri da própria obra para ilustrar o autor…
… ainda que sob o seu olhar atento, tendo eu ficado com a sensação de que, se não levei o barco a bom porto, deixei-o, pelo menos, já nas suaves águas de uma bela enseada e com a tripulação e viajantes agradados com a viagem.
Depois, coube ao próprio dizer de si palavras suas…
… temperadas com profusa distribuição de malmequeres, dos que amam muito, pouco ou nada…
E as flores colhem quase sempre efeitos e sensações agradáveis a quem para elas ainda tenha olhos para ver…
Paulo Moura apresenta Miss Joana Well recorrendo a uma entrevista cujo conteúdo transcendeu, porventura, as expectativas de ambos.
Quem serás tu, ó Máscara…?
Ao que Paulo Moura respondeu em forma de poema, deixando o mistério depositado na arca de sonhos, de onde não precisa de sair para causar efeito…
De seguida, as participações sempre bem vindas, sempre empenhadas, sempre um modelo de partilha, de quantos amigos fazem questão de nos trazer a surpresa, o mistério, o encanto de um poema, alusivo ou não ao tema central de cada sessão, mas preponderante nas nossas vidas pelo que traz consigo de dádiva graciosa, apelando à fruição da arte do encontro, que será a razão primeira destas nossas sessões.
– Ana Patacho e João Sobral
– Maria Francília Pinheiro
– Francisco José Lampreia
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– João Baptista Coelho
– David José Silva
– Eduardo Martins
Quase a chegar ao fim, uma interrupção para os muitos autógrafos a que os autores estavam obrigados, momento bem aproveitado para as trocas de galhardetes entre os diversos outros participantes.
Finalmente – e aqui, sim, sob a égide agora preponderante da «bolinha vermelha», uma versão muito reduzida da Tuna Meliches, a que me juntei para dar uma «mãozinha», interpretou um conjunto de inenarráveis trechos musicais, com acompanhamento garboso e cúmplice do distinto público, que encheu o espaço da Biblioteca com cânticos desvairados, com lugar de destaque para aquilo «que não se pode dizer, olha que é feio…».
A propósito do que seja feio ou bonito, aquele abraço ao Paulo Moura e ao Carlos Carvalho que se deslocaram propositadamente para esta sessão, da região de Coimbra, após um dia de trabalho, e à qual regressaram já iam as duas horas da manhã a acompanhar a Lua Cheia… pois até tão longe se sustentaram as lides e até tão longe se mantiveram os mais resistentes!
– fotografias de Lourdes Calmeiro