Hoje trouxe, de um dos meus lugares diários de restauração, quase que uma flor em forma de comentário, quando me foi dito, perante um pedido meu mais intenso, qualquer coisa como «não me peça chorando o que lhe dou sorrindo»… Piegas, lamecha? E daí? Tenho os impostos em dia e não me consta que deva alguma coisa que não pague. E um madrigal cai sempre bem, qual seja a circunstância, mesmo em torno de uma pizza Tropical…
não peça chorando
o que dou sorrindo
nem de vez em quando
nem se já estou indo
não vá embarcando
pelo lago infindo
mesmo lago brando
pôr de sol fugindo
seja assim andando
seja assim dormindo
jamais perturbando
algum sonho lindo
e nem mesmo quando
não há flor florindo
não peça chorando
o que dou sorrindo
– poema de Jorge Castro