Não tenho vergonha de ser Português. Sou-o e pronto! Assumo-o e e tento fazer da minha vida um modo de nela estar portuguesmente.
Aqui e ali sinto dificuldades para definir o conceito mas, curiosamente, dou por mim a pensar sempre em português, a respirar este ar que me rodeia e a ver sempre a vida com a luz que ilumina primorosamente este pequeno rectângulo do mundo.
Considero-me, portanto, um caso irremediável de portugalidade. Hasteio-a como bandeira e orgulho-me disso de uma forma que raia o inconsciente.
Mas estou para aqui cheio de raiva por ser Português, ah, isso estou! E com uma imperiosa e incontinente vontade de atirar pela janela mais alta que houver a récua de mandantes que tem assolado este nosso País.
O estado de calamidade pública a que os sucessivos governos do «centrão» nos conduziram com a destruição deliberada e sistemática do tecido produtivo nacional atingiu um novo cume de sem-vergonha ontem, com o anúncio de novo e despudorado assalto à mão armada levado a cabo pela seita no poder para uma outra vez encher os bolsos aos seus patrões, essa entidade freérica que detém o grande capital no mundo.
Há cem anos implantou-se a República. É mais do que tempo de todos e cada um nos republicarmos, cidadãos!