Amizades,
Gostaria de contar com a vossa presença no próximo dia 19 de Junho (sábado), pelas 16 horas, no Auditório do Campo Grande, nº 56, em Lisboa (junto a entre Campos e cerca de 100 metros depois da Livraria Bulhosa), para vos apresentar o meu mais recente livro, desta feita em prosa, editado pela Temas Originais, no qual coleccionei quarenta histórias em que, de um ou de outro modo, muitos de vós estareis provavelmente presentes, por esse fluxo de vida que os afectos sustentam.
Chamei-lhe Fábulas, Parábolas e Outra Rábulas e nele tentei cultivar o exercício da intemporalidade, sem me esquecer, no entanto, de o condimentar com os circunstancialismos que nos envolvem. Afinal, eu sou português, aqui, como diz o José Fanha.
Histórias de vidas. Histórias devidas. A necessidade/obrigação de transmitir testemunhos, retribuindo o que a vida nos traz, que nos dêem forma e que sustentem uma ética.
Conto com a amizade de Carlos Peres Feio, Estefânia Estevens e Francisco José Lampreia, companheiros já de muitas jornadas, para me ajudarem a dar corpo a mais este nascimento.
E gostaria de contar convosco, com a vossa presença, pois sem haver quem nos ouça o exercício da palavra perde muito do seu sentido… tal como a vida.
 
Ainda a tempo: Para além do lugar-comum do amor-ódio a José Saramago, fique-nos, em jeito de homenagem, o reconhecimento pela determinação, o controverso amor à terra-mãe, o ser escritor levantado do chão num País tão dominado por doutores da mula-ruça, o exercício e exorcismo da amargura que pela sua obra perpassa, características de que faço questão de aqui deixar referência, no momento em que cessou a sua existência física – pois que a obra fica connosco.
Tive o ensejo de o contactar pessoalmente para lhe apresentar um dos textos que encorpora este meu livro amanhã lançado – Um Memorial de Nomes do Evangelho em Cerco de Pedra, recordando José Saramago – tendo dele recebido um claro e desassombrado incentivo na assunção do meu caminho literário.
Momento há em que talvez fosse melhor não se verificarem coincidências. Mas elas aí estão. Vivamos com elas, pois, e congratulemo-nos por esta dádiva que é a Vida.