Hoje, com início às 20 horas, no Restaurante Caravela, em Algés,

terei o grato prazer de apresentar aos presentes as duas palestrantes

 – Fernanda Frazão e Gabriela Morais –

que disserterão sobre a temática acima,
articulada com o Paradigma da Continuidade Paleolítica.
Aqui vos deixo, para aguçar apetites, o texto de apresentação que as duas investigadoras nos fizeram chegar:

Ao longo dos anos, quer individualmente, quer em comum, a nossa ideia de História nunca se enquadrou na oficial. Os compartimentos da História, as listas de povos conquistadores, que se substituíam ininterruptamente, sempre provenientes do Oriente, os políticos que pareciam governar apenas uma população de iguais: tudo isto num mundo em que «tudo o resto é paisagem»… Os portugueses parecem surgir de um não-passado, sem pais, nem avós, enfim, «uns filhos das ervas»… Esta é ainda a pouca e desinteressante História que se ensina. Há obras antigas ainda hoje malditas e outras que parecem imprescindíveis; autores desprezados e outros que ganharam espaços que hoje já não se entende, mas que continuam a ser marcos. Porquê?
Nos últimos quarenta anos a ciência teve um desenvolvimento espantosamente acelerado, aplicado também às ciências históricas. Mas a historiografia ainda não deu um passo para o acompanhar e, pelo contrário, continua a afunilar numa especialização um pouco incompreensível. Estes quarenta anos de desenvolvimento científico devolveram-nos um homo sapiens vivo e operante neste território há mais de 40 mil anos; iniciador de uma expansão marítima há mais de 8 mil anos e possuidor de uma língua franca desde então; e poeta/historiador desde os tempos paleomesolíticos. E isto para não falar do milhão e quinhentos mil anos de homo antecessor…
O que nos propomos fazer é partilhar esse português velho de 40 mil anos que se tem vindo a revelar pouco a pouco através de ciências velhas e novas e das vozes de muitos cientistas europeus.
– Fernanda Frazão e Gabriela Morais