Irá, talvez, já longe 1930. Ou talvez não, consoante o afastamento que quisermos dar às coisas e ao seu tempo.
Certo é que, por essa altura, Myriam Fialho entrou neste mundo com olhos para ver e, como tenho tido oportunidade de confirmar, atenta aos outros sentidos que as coisas podem ter.

Rodeada pelos seus amigos e pela suas obras mais recentes, Myriam recebeu-nos na Livraria Barata, em Lisboa, no passado dia 25 de Fevereiro.
A Minha Alma de Criança – porque a vida é uma história de encantar, tal a sua proposta de breve percurso e encontro de afectos. E nela está contida a alma da exposição.

Tomás Cabral e José Neto abordaram essa intemporalidade dos afectos através de desassombradas perspectivas, também elas predominantes no que a vida ensina, mormente através da partilha de vivências.
Coube, depois, um espaço com poemas, que reflectiram o olhar que sabe ver a paleta infinita da Vida, numa fusão de pintura e poesia que faz sempre todo o sentido, quando queremos dar-nos as mãos.

Francisco José Lampreia, ilustrando com a elegância do capote alentejano a poética popular que recria…

… e a que Estefânia Estevens dá voz (en)cantada, transformaram a exposição num corpo ainda mais vivo, onde as almas de criança encontraram, porventura, outros caminhos de sonho.

Po fim, a boa disposição que as coisas boas da vida nos trazem…

… tão somente porque a vida é uma história de encantar.

A exposição estará patente, na Livraria Barata (Avenida de Roma, em Lisboa) até 16 de Março de 2010.