… iniciei a minha viagem neste mar, com esta embarcação. Amanhã, pois, estarão cumpridos seis anos ininterruptos de convívivo por estas paragens.
O País e o mundo não estão melhores e receio, modestamente, que tal não ocorra por minha culpa ou responsabilidade, assim como não será por culpa ou responsabilidade de muito boa gente que tenho vindo a conhecer desde que utilizo esta janela para a vida.
Ou nos faltou fulgor e ímpeto ou as «negras forças adversas» tiveram artes e saberes para se nos sobreporem…
Sim, porque este labor diário é disso que se trata, para além de possível «feira de vaidades» que é a blogosfera: dar cada qual o seu tributo para a construção de um novo e melhor mundo. Ou não será? E renegarei liminarmente todos quantos tentam esbater esse contributo com radicalismos balofos. Se o caminho se faz caminhando, ele será caminho independentemente da dimensão da passada.
Se outras razões não houvesse, razões de saúde, graves, de um familiar muito próximo têm-me tornado, nos últimos dias, demasiado presentes e sentidas na pele as graves deficiências estruturais – dificílimas de contextualizar, mas reais como punhos – em que se encontra mergulhado este recanto dos sumptuosos estádios de futebol e dos fantasmáticos e megalómanos tegevês do nosso descontentamento…
Com votos, então, de um feliz ano de 2010, recheado de óptimas realizações, para quantos me visitam no Sete Mares, aqui lavro a minha vontade (necessidade) de perseverar, remando contra as correntes que percepciono adversas, inevitavelmente contando convosco para somarmos as debilidades que nos fortalecem.