Paço d’Arcos. A faina do polvo. E um encontro de amizades. Houve petinga com açorda e chicharros com molho à espanhola… Vinho branco, fresco, tanto… Ah, e aquela aguardente a cheirar a casco, como já não há, nem se pode, mas que é o bom sabor dos velhos tempos…


Pelo jardim, à beira-mar, uma iúca impressionante, impõe evocações para além da idade, em cavalgadas de ondas impossíveis – as ondas e as cavalgadas… – para além de muralhas que o homem tece e de que o mar se ri, quando quer…

Depois, uma troca de livros – que isto de amigos é mesmo para as ocasiões – e Ansiães desce, de súbito, a Paço d’Arcos, num intercâmbio inesperado de pedras e de afectos…

Novas Memórias de Ansiães, assim como o culminar de um serão bem passado.

O passeio, digestivo, pela construção do homem contra o mar, inundados por intensa maresia, que o Verão anda incerto e sempre se levanta brisa fresca na orla marítima.
E o pormenor curioso, o apontamento oportuno, de ver como o mar, em momento de especial indignação, ergueu do chão o cimento moderno, para destapar a estrutura pombalina, com a qual, aparentemente, conseguiu conviver com menor atrito.

Melhor destino do que um serão bem passado com amigos? Nem pensar! E o opíparo jantar rondou os € 13 por pessoa – compare-se lá com o preço de um bilhete da bola… Só que nesta as penalidades eram sempre a nosso favor e o resultado é sempre inesperadamente esperado.
Ah, mas aquela aguardente, dir-te-ia eu, ó São, que ela, sim, foi mesmo coisa do Olimpo!