… que isto está mesmo é para as línguas mortas.
Cavaco Silva, presidente eleito de todos os portugueses, tropeçou na maioria parlamentar aleivosa, por questões maiores das questões menores da autonomia dos Açores, dir-se-ia em pobre rima.
E contra tudo e contra todos, ventos, marés e maus ares, ei-lo paladino desassombrado da Constituição Portuguesa, que jurou honrar, afrontando quantos a desonram… A começar, desde logo, pelos representantes (ainda que pouco) eleitos pelo bom povo português à Assembleia da República, arrebanhados em consenso de pasmar sobre a matéria em apreço.
É extraordinário de ver o quanto o maneio derivativo da arte de governar de José Sócrates produz em termos de fenómenos políticos dos mais extraordinários!
Eu estou para aqui que nem me tenho!…
E – mutatis mutandis relativamente a um passado recente com Jorge Sampaio – uma questãozita: Cavaco Silva não dissolve o Parlamento, acto mais do que justificado por esta indecente e má figura do dito, preocupado com a crise e com a estabilidade, ou tão só porque essa dissolução, neste momento, favoreceria a renovação de uma outra maioria absoluta de Sócrates, por não menos absoluta ausência de oposição à altura?
O que me traz a outra angústia existencial: o que é feito de Ferro Rodrigues, mal tramado com a tragicomédia da Casa Pia e, pelos vistos, per omnia secula seculorum?…