– A mentira da avaliação – Eu avalio, tu avalias, ele avalia, nós ficamos na mesma, vós andais iludidos, eles fazem o que querem…

Conjugação irregular que espelha muita palhaçada com que vamos tropeçando… Dizia-me, há dias, um amigo, com alguma anarquia mas bastante acutilância: «- Avaliarem-me? Mas porque cargas de água algum meu semelhante se arroga o direito de me avaliar? Sou eu alguma peça de carne, no talho? Um parafuso em linha de montagem ou o quê? Quem é capaz de avaliar as circunstâncias em que se desenvolve o labor de cada um? Ainda se a avaliação incidisse no produto final desse labor e, ainda assim, dependente de um encadeado de elementos – também conhecido como EQUIPA – talvez então essa avaliação fizesse algum sentido. Agora, avaliar pessoas? Mas que merda de deuses pensam estes filhos-da-mãe que são?».
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O custo dos combustíveis e o custo do pão – dizem os agricultores que o custo dos cereais baixou cerca de 40%; como é sabido, o preço do barril do petróleo – e o custo dos combustíveis era a grande razão de queixa da indústria de panificação – desceu para valores de cerca de um terço do que se registava há quatro meses atrás. Estranho, pois, que se mantenha este afã em aumentar o preço do pão. E, logo, 6%! Esta gente só sabe fazer contas de somar? Será indício do facilitismo educacional isto de nem já uma subtracçãozita serem capazes de fazer?
*A crise financeira ocasionada por falcatruas – Fraudes Madoff, BPN, BPP, etc., etc. – Interessante como tantos contorcionistas da economia esgrimem argumentos pseudo-justificativos e pseudo-científicos, de hermética linguagem, para a crise financeira mundial que mais não será, como é suposto, do que um desenvolvimento preverso do capitalismo que, segundo dizem, urge corrigir.Mas a que assistimos todos os dias? Saltarem, como desvairadas pipocas, as fraudes mais descaradas, as ilegalidades mais abjectas, que tantas «insuspeitas» personalidades andaram (e andam) a perpetrar, em total impunidade e nas barbas dos poderes instituídos (quando não com a sua nem sempre discreta conivência…).Talvez seja esta, afinal, a única razão de fundo para a tal crise – essa que serão os pobres a sofrer e os governos a remendar, com os impostos pagos pelos «remediados»: gatunagem pura e dura. Valha-nos um bom ano de 2009…