No fim de semana que passou fui a Miranda do Douro, participando no 8º Encontro dos Antigos Alunos do Externato de São José.
A cidade esperava-nos, já alta a noite, com os nossos anfitriões de atalaia, que a viagem é longa e os viajantes reconfortam-se com estas atenções…
Na manhã seguinte, temos o grato prazer de confirmar que Miranda do Douro se embeleza mais, a cada ano que passa, a bem de quem nela habita e para fruição dos que a visitam…
Procurámos-lhe as imagens retidas na nossa memória…
Reencontrámos as caras e os abraços de velhos tempos que sabem fazer-se sempre novos.
Aplaudimos aqueles que têm sabido cuidar da nossa cidade.
Experimentámos honrarias que nos exaltam…
Revisitámos os lugares que nos contam e relembram jeitos e modos por onde fomos crescendo…
Já não chegam a Duas Igrejas nem os apitos dos velhos comboios nem as volutas de fumo denso e negro para o transporte do trigo ou para o aceno da esperança. Obra do demo, resfolegante e trôpego, enquanto a velocidade não o fazia perder da vista naqueles carris que apontavam para o horizonte!
As pombas desabituaram-se do aconchego dos pombais…
Mas a Natureza é a mesma e cresce, sem pedir licença, em gritos que quase são perceptíveis até pelos nossos ouvidos humanos, tão dasabituados, também, de ouvir tudo e todos.
Há tempo, ainda, para novos enlaces: as pequenas represas acalmam o ribeirito, adoçam-no da agrura da invernia amealhando-lhe vida para o seco estio… E ele lá vai correndo para o Douro, como sempre. Talvez apenas um pouco mais lento… Mas há-de chegar à foz, que a água sempre corre e, se não a deixam, sempre voa.
Bem, está uma maravilha o teu blog! Belas as imagens e o texto cheio de encanto e poesia como só de ti (Jorge Castro) surgiria!
Se chorei de emoção, foi porque tocou bem forte cá dentro e quero sempre poder recordar estas imagens que a infância e adolescência me proporcionaram. Valeu a pena ter abandonado a minha terra de nascimento,o Porto, para ter o prazer imenso e inolvidável de conhecer este paraíso que até hoje me provoca saudade, nostalgia, encantamento, nó na garganta, aperto no coração!
Na arte sublime do acontecer, fui feliz Miranda por te conhecer!
E se hoje continuo a te recordar, só é sinal que quero aí voltar!
Ser acariciada pelo teu sol, sentir a tua brisa no meu rosto, não viver mais neste desconforto de saudade imensa que nem é bom pensar! Sim, Miranda, sempre vou te amar e de um tal jeito que nem posso aqui contar! É que, se eu faltasse agora, sem te visitar, quem te iria dizer o que me vai na alma? A tristeza tremenda que não contei…? A revolta sentida que oculto cá dentro, que o tempo consome e se multiplica a cada dia, a todo o instante?
Quero abraçar-te de corpo inteiro,
gritar no teu chão a dor que me sai do peito e abala a vivência mais ténue, qual muralha desmorunando no jardim desta existência de areias construída!
Isto são afectos!
E não vou revelar mais nada…!
Mizinha (Aluna do Externato de São José em Miranda do Douro na década de 60)
Maria Joaquina Canelas Teixeira de Aguiar
Bem, está uma maravilha o teu blog! Belas as imagens e o texto cheio de encanto e poesia como só de ti (Jorge Castro) surgiria!
Se chorei de emoção, foi porque tocou bem forte cá dentro e quero sempre poder recordar estas imagens que a infância e adolescência me proporcionaram. Valeu a pena ter abandonado a minha terra de nascimento,o Porto, para ter o prazer imenso e inolvidável de conhecer este paraíso que até hoje me provoca saudade, nostalgia, encantamento, nó na garganta, aperto no coração!
Na arte sublime do acontecer, fui feliz Miranda por te conhecer!
E se hoje continuo a te recordar, só é sinal que quero aí voltar!
Ser acariciada pelo teu sol, sentir a tua brisa no meu rosto, não viver mais neste desconforto de saudade imensa que nem é bom pensar! Sim, Miranda, sempre vou te amar e de um tal jeito que nem posso aqui contar! É que, se eu faltasse agora, sem te visitar, quem te iria dizer o que me vai na alma? A tristeza tremenda que não contei…? A revolta sentida que oculto cá dentro, que o tempo consome e se multiplica a cada dia, a todo o instante?
Quero abraçar-te de corpo inteiro,
gritar no teu chão a dor que me sai do peito e abala a vivência mais ténue, qual muralha desmorunando no jardim desta existência de areias construída!
Isto são afectos!
E não vou revelar mais nada…!
Mizinha (Aluna do Externato de São José em Miranda do Douro na década de 60)
Maria Joaquina Canelas Teixeira de Aguiar