Hoje, também não vos deixo um poema. Estive três horas numa fila de trânsito e a veia secou-se-me todinha!
Mas aproveitei para ouvir noticiários, estação de rádio a estação de rádio, para ser mais completo o meu suplício, a minha provação. E o que ouvi?
Ora, pois bem, há quase uma semana que vimos sendo bombardeados, por jornais, rádio e tv, com aquela história da fusão do BPI e do BCP. Caramba, eu tenho pena dos jornalistazinhos, obrigados a discorrer (mal) e escrever (muito e, as mais das vezes, mal também) do fenómeno, sinal gritante de que ‘algo está podre no reino da Dinamarca’… E porquê?
Ora, porque duas empresas privadas ensaiam uma fusão. Muito bem! O que é que o cidadão dito comum tem a ver com isso? E em que exacta medida é que isso contribui para a nossa felicidade? Desde quando e onde é que já se viu este despautério, em plena via pública, perante duas empresas que se fundem, ou que se federam, ou o que quer que seja que lhes dê na gana?
Irá tal facto contribuir para o enriquecimento nacional? Para a diminuição do endividamento das famílias que têm vindo a cair no logro que entidades bancárias como aquelas lhes estendem? Para uma melhor qualidade e mais baixo preço dos ‘produtos’ que aquelas instituições fornecem? Nada disso! Então, para quê, senhores, tanta propaganda gratuita a fazer de conta que é notícia?
Ele há muita sabujicezinha! Ele há muito fretezinho! Ele há muita falta de vergonha! Ou, então, ele anda por aí muito parolo à solta neste Portugal dos pequenitos!