Reflexões da responsabilidade dos “órgãos noticiosos” que nos inundam com informações de transcendente relevância…

1.
Eusébio sempre deu à Luz alegrias: ontem, ao estádio, com o seu menisco; hoje, ao hospital, com a sua carótida.

Grande e altruista Eusébio, assim engrandecendo quem lhe trata da saúde!

2.
Será correcto e/ou adequado perguntar a José Sócrates: “- Senhor, porque de Morais tanto para ser engenheiro?”

3.
No 25 de Abril de 2007, Carmona Rodrigues meteu dezenas de milhares de cidadãos no buraco do Marquês, promovendo, assim, uma das maiores manifestações subterrâneas do mundo. Só não couberam lá os bombeiros.

Quantos virá a meter no buraco do Terreiro do Paço, ainda que os marinheiros lá não caibam?

4.
Algum ensino privado mais parece uma privada: acolhe os aflitos e recolhe o que de pior eles produzem.


5.
Das casas pias às universidades privadas em que estado é que está o estado? No sítio, de sítio ou fora do sítio?

6.
Cavaco Silva é um iconoclasta. Enquanto governo, quis perturbar o Carnaval; agora, na presidência do país, acha mal Abril. Pior: não gosta das comemorações… para as quais foi convidado pela Assembleia da República, desdenhando da festa em casa alheia e desfeiteando-a…

Porque aeitou, então, o convite? Porque não fez as suas exemplares comemorações no Palácio de Belém, com carapaus e arrozinho de tomate, bolo-rei e, ao peito, em vez do incómodo cravo, uma brochura de economia. Haveria, decerto, longa fila de reis magos em romagem à sagrada família.

Claro que se espera ser ele o primeiro defensor dos jovens presos nos confrontos no 25 de Abril, em Lisboa. Sempre se trata de juventude activamente empenhada na efeméride. Aquela a que ele se referiu no discurso do 25 de Abril… Ou talvez não.
NOTA IMPORTANTE –

Recomendo muito vivamente a quem por aqui passe que faça uma visita ao Relógio de Pêndulo e atente na sua evocação à Guernica e ao Iraque, através dos seus dois posts mais recentes.