– Parque dos Poetas – Oeiras
Natália Correia, escultura de Francisco Simões

Natália nasce em flor na ilha verde
que no imenso mar azul se fez em lume
Circe à vez desvairo que se aprume
no feitiço que de enfeitiçar se perde

brinda às tíbias Parcas luzes onde arde
indómita indomável contra a bruma
a fêmea já sereia em mar de espuma
estrondeia a falésia em bravo alarde

ao truão bruto e vil tal como um sismo
não lhe cala o desdém nem dá abrigo
ironias não tolhendo nem sarcasmo

bela e fera e brusca ao peito o perigo
mátria amante e mar e doce abismo
não lhe bastou ser pão – quis ser o trigo.

– foto e poema de Jorge Castro

A propósito, na próxima sessão de Noites com Poemas, na Biblioteca Municipal de São Domingos de Rana, no dia 20 de Dezembro, pelas 22h30, o tema será, exactamente, Feliz Natália. Apareçam…

– cartaz de Alexandre Castro