Conheci um eminente Matemático que me deu o prazer de cruzar comigo caminhos de Poesia, de seu nome Eduardo Simões. Homem sempre afável, interessado, conhecedor…

Aqui há poucos meses atrás, resolveu deixar-nos entretidos cá por este mundo e rumou a outro. Entretanto, teve, ainda, tempo de nos deixar uma (mais uma!) exposição sobre a “sua” Matemática, para a qual recomendo vivamente a vossa visita.

Deste excelente Professor se sabe, na nota divulgada na exposição, que “desenvolveu permanentemente trabalho no domínio da dinamização e divulgação da Matemática, através de uma constante pesquisa e da construção de materiais lúdico-didáticos, aspecto em que foi percursor, fabricando e adaptando os mais variados objectos para fazer entender e tornar mais simplificadas as matérias“.
Podem, pois, ir conhecê-lo na Formiga, ali à Rua de Arroios, 133 (telef. 21 315 80 85), em Lisboa, onde se encontra a exposição. Pelo caminho – e melhor ainda se tiverem convosco gente pequena – aproveitem para ver a panóplia de jogos e brinquedos didáticos em que aquele estabelecimento é especializado e que tanto têm a ver com o espírito do Eduardo.

Etimologicamente, Escola é um lugar de recreio, um espaço lúdico, onde a aprendizagem se faz pelo amor às coisas e ao saber que o lidar com elas nos traz.
Esse era o caminho do Eduardo Simões.
“Poeta e humanista também no seu dia a dia, as suas relações sociais pautaram-se pela honestidade, pela solidariedade e pelo idealismo.”
Um daqueles homens que nos constroem, que são a alma mesma daquilo a que chamamos cultura… O Eduardo Simões, o seu tímido sorriso e as suas guitarradas cheias de graça, andarão sempre por aí, a fazer contas à vida, pregando uma partida aos amigos e sendo a boa memória dos seus alunos.